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Em SP, pacote esbarra na escassez de terrenos
Casas devem acabar sendo feitas na periferia, diz secretário
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Destino de quase 20% do 1
milhão de casas a serem construídas no programa federal
"Minha Casa, Minha Vida", São
Paulo apresenta entraves: o
preço alto e a escassez de terrenos. No programa, têm prioridade Estados e municípios que
derem terrenos e desoneração.
O secretário municipal da
Habitação, Elton Santa Fé Zacarias, diz que não há terrenos
públicos disponíveis para as casas populares e estima que a
iniciativa privada também não
os tenha. Assim, o pacote não
deve aumentar substancialmente a provisão habitacional
na cidade, e a política do município deve continuar na urbanização de áreas precárias, diz.
Para Zacarias, as empresas
devem, para fechar a conta do
valor do imóvel junto à Caixa,
buscar terrenos "no extremo da
periferia". "Precisamos ver se
interessa ao município colocar
mais famílias em Cidade Tiradentes." Outro problema diz
respeito ao financiamento, já
que, além do terreno, o município teriam de oferecer contrapartida em dinheiro.
No Estado, o secretário da
Habitação, Lair Krähenbühl,
diz que há condições de começar, em três meses, a partir de
projetos já licitados, a construção de 9.300 casas na região
metropolitana. Sobre a doação
de áreas para mais moradias,
Krähenbühl diz que os terrenos
do Estado já estão todos envolvidos em projetos, sinalizando
a pouca oferta de área pública
para construir mais casas.
Ontem, a ministra Dilma
Rousseff (Casa Civil) rebateu
críticas de que o pacote exclui
cidades com menos de 100 mil
habitantes: o projeto só prioriza lugares com maior déficit,
disse. Segundo Dilma, há R$ 4,5
bilhões para os programas de
habitação (R$ 1 bilhão para cidades menores).
(NATÁLIA PAIVA)
Colaborou a Sucursal de Brasília
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