São Paulo, quinta-feira, 02 de abril de 2009

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Em SP, pacote esbarra na escassez de terrenos

Casas devem acabar sendo feitas na periferia, diz secretário

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Destino de quase 20% do 1 milhão de casas a serem construídas no programa federal "Minha Casa, Minha Vida", São Paulo apresenta entraves: o preço alto e a escassez de terrenos. No programa, têm prioridade Estados e municípios que derem terrenos e desoneração.
O secretário municipal da Habitação, Elton Santa Fé Zacarias, diz que não há terrenos públicos disponíveis para as casas populares e estima que a iniciativa privada também não os tenha. Assim, o pacote não deve aumentar substancialmente a provisão habitacional na cidade, e a política do município deve continuar na urbanização de áreas precárias, diz.
Para Zacarias, as empresas devem, para fechar a conta do valor do imóvel junto à Caixa, buscar terrenos "no extremo da periferia". "Precisamos ver se interessa ao município colocar mais famílias em Cidade Tiradentes." Outro problema diz respeito ao financiamento, já que, além do terreno, o município teriam de oferecer contrapartida em dinheiro.
No Estado, o secretário da Habitação, Lair Krähenbühl, diz que há condições de começar, em três meses, a partir de projetos já licitados, a construção de 9.300 casas na região metropolitana. Sobre a doação de áreas para mais moradias, Krähenbühl diz que os terrenos do Estado já estão todos envolvidos em projetos, sinalizando a pouca oferta de área pública para construir mais casas.
Ontem, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) rebateu críticas de que o pacote exclui cidades com menos de 100 mil habitantes: o projeto só prioriza lugares com maior déficit, disse. Segundo Dilma, há R$ 4,5 bilhões para os programas de habitação (R$ 1 bilhão para cidades menores). (NATÁLIA PAIVA)


Colaborou a Sucursal de Brasília


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