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BÔNUS
Gustavo Franco defende operação realizada no mercado internacional
BC diz que custo para captar US$ 1,25 bi foi "o melhor"
da Sucursal de Brasília
O presidente do Banco Central,
Gustavo Franco, disse ontem que
o custo da operação de lançamento de US$ 1,25 bilhão em bônus da
República no mercado internacional "foi o melhor que se poderia
ter conseguido".
Anteontem, o governo brasileiro
colocou esse valor em papéis da
República com prazo de dez anos
e prêmio de 3,75 pontos percentuais acima das taxas de títulos similares do Tesouro norte-americano com prazo equivalente.
Conforme a Folha noticiou ontem, o lançamento não foi um sucesso porque o país captou recursos externos pagando juros mais
altos na operação do que se pretendia inicialmente.
A corretora Merrill Lynch, que
comandou a operação, pretendia
emitir US$ 1 bilhão e anunciou na
segunda-feira ao mercado que os
papéis teriam rendimento de 3,5
pontos. O prêmio teria sido aumentando para 3,62 pontos e fechou em 3,75 pontos porque o
mercado achou as taxas de juros
anteriores baixas.
"É a melhor estimativa (de pagamento de juros) para um papel de
dez anos", rebateu Franco ontem,
ao chegar à cerimônia de transmissão de cargo ao novo ministro
do Planejamento, Paulo Paiva.
Segundo ele, os bônus brasileiros pagaram 3,75 pontos a mais
porque as taxas do Tesouro norte-americano estão mais baixas.
A consulta sobre o valor do prêmio a investidores é rotina, segundo Franco. Mas ele não confirmou
a oferta de prêmios de 3,5 e 3,62
pontos.
A operação poderia ter sido feita
a 3,5 pontos acima de títulos similares do Tesouro norte-americano, segundo Franco, mas o valor
de emissão seria menor.
"Mais importante do que julgamentos amadores é o fato de se fazer uma operação nesse montante", disse ele.
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