São Paulo, quinta, 2 de abril de 1998

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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa inicia abril com queda de 0,91%

da Reportagem Local

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) iniciou abril em baixa de 0,91%, depois de acumular valorização de 13,02% em março, a maior alta mensal desde maio do ano passado.
A Bolsa paulista foi influenciada por Wall Street, que operou em baixa durante boa parte do dia, recuperando-se no final da tarde.
Mesmo com a reversão de tendência em Nova York, o mercado brasileiro não mostrou força.
Telebrás PN, carro-chefe da Bolsa, caiu mais. Fechou em baixa de 1,67%, a R$ 147,20 por lote de mil ações.
Enquanto a maioria dos papéis mais negociados caia, as ações do Banco do Brasil iam na contramão. Brasil ON subiu 7,8% e foi a maior alta entre os papéis do Ibovespa, seguido por Brasil PN, com valorização de 6%.
Com a notícia de que a Algar vai entrar com preços agressivos no setor de telefonia celular do Rio de Janeiro, com grandes chances de abocanhar fatias de mercado, as ações da Telerj caíram 4,49%.
Noroeste
As ações preferenciais do banco Noroeste, onde foi descoberta uma fraude de US$ 242 milhões, subiram 18,9%, destacando-se entre as maiores altas da Bolsa. Outro banco com pouca liquidez na Bolsa, o BCN, também subiu bem, 14,2% (ordinárias).
Câmbio e juros

O fluxo de dólares pelo câmbio contratado (comércio mais financeiro) continua forte. No último dia de março o ingresso líquido ficou em US$ 828,35 milhões, acumulando entrada de US$ 11,95 bilhões no mês.
No início da noite, as mesas de câmbio registravam ingresso de mais de US$ 350 milhões pelo contratado. A saída líquida pelo segmento flutuante (turismo etc.) estava em cerca de US$ 30 milhões.
Na BM&F, as projeções de câmbio tiveram pouca alteração. Os contratos com vencimento em junho (projeção de maio) fecharam a R$ 1,157, projetando desvalorização de 0,86% no mês.
As taxas de juro recuaram na BM&F. O DI com vencimento em junho (projeção de maio) caiu de 23,57% para 23,45% ao ano.
Ainda na BM&F, a projeção para a TBC que será fixada na próxima reunião do Copom, recuou de 23,80% para 23,76%.
(VANESSA ADACHI)



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