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AEROPORTOS
Decisão não é definitiva
Justiça da Argentina susta privatização
LÉO GERCHMANN
de Buenos Aires
O processo de privatização dos
33 aeroportos argentinos foi suspenso por tempo indeterminado
por uma decisão judicial que acatou petição da União dos Usuários
e Consumidores e da deputada
oposicionista Alicia Castro.
A alegação do juiz federal Martín
Silva Garretón para a sua decisão é
de que houve irregularidades na
transferência para a iniciativa privada.
Os 33 aeroportos argentinos foram concedidos por 30 anos ao
grupo "Aeropuertos Argentina
2000", que se comprometeu a pagar US$ 171,21 bilhões anualmente
e, em contrapartida, investir um
total de US$ 2,04 bilhões.
A polêmica jurídica tem na sua
origem a própria forma como o
processo se iniciou. O presidente
Carlos Menem conseguiu promovê-lo por meio de um decreto.
Garretón alegou, agora, que,
além disso, o governo cometeu algumas falhas ao constituir o Órgão Regulador do Sistema Nacional de Aeroportos.
O governo divulgou uma nota
ontem reconhecendo as falhas no
processo e se comprometendo a
resolvê-las, com o estabelecimento do órgão regulador.
FMI
Funcionários do FMI (Fundo
Monetário Internacional) iniciaram ontem visita à Argentina e deverão se reunir com a CGT (principal central sindical), que vai defender a reforma trabalhista enviada pelo governo ao Congresso.
A proposta prevê o final dos
contratos temporários de trabalho
e define novas formas de indenização. Até o ministro da Economia,
Roque Fernández já disse discordar do seu conteúdo, por defender
um teor mais técnico e menos político.
Nos encontros dos funcionários
do FMI com autoridades financeiras do governo, serão discutidos,
além da reforma trabalhista, a reforma fiscal.
Existe um compromisso do governo argentino de colocá-las em
prática até junho.
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