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MERCADO FINANCEIRO
Negociação de papéis deve começar até o fim do mês; dólar cai 1,4%, após pressão de anteontem
Gol vai lançar ações na Bovespa e em NY
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois da Natura, agora é a vez
de a companhia aérea Gol lançar
suas ações na Bolsa de Valores de
São Paulo. Ontem a empresa se
reuniu com representantes de
corretoras de valores na Bolsa para apresentar as regras da oferta
pública de suas ações.
Os papéis devem começar a ser
negociados na Bovespa no dia 25
deste mês, segundo o analista de
uma corretora que participou do
encontro.
A Gol informou que entrou
com pedido de registro para emitir ações na CVM (Comissão de
Valores Mobiliários) e na SEC
(Securities and Exchange Commission, a CVM dos EUA). Além
das ações preferenciais a serem
negociadas na Bovespa, haverá
negócios com papéis da Gol em
Nova York, provavelmente a partir do próximo dia 24.
Há uma semana, as ações ON
(com direito a voto) da Natura
passaram a ser negociadas no
pregão da Bolsa paulista. A oferta
global da Gol deve alcançar cerca
de R$ 800 milhões.
Na Bovespa, os negócios de ontem voltaram ao normal, após a
pouca movimentação de segunda-feira, quando foram girados
apenas R$ 368,7 milhões, devido
ao feriado que fechou o mercado
norte-americano. Ontem, a Bolsa
paulista girou R$ 1,01 bilhão e fechou estável.
O destaque do pregão ficou com
as ações da Embraer, que lideraram as valorizações do dia com
ganhos 8,1% (papel ON) e 5,3%
(papel PN).
De negativo, as ações das Tele
Nordeste Celular e da Tele Celular
Sul foram as que mais perderam,
com baixas de 7,3% e 6,2%. Os papéis caíram com a informação de
que haverá a incorporação da Tele Nordeste Celular pela Tele Celular Sul.
Menor pressão
Mesmo com o clima adverso no
exterior, devido à escalda do preço do barril de petróleo, o dólar
fechou ontem com baixa de
1,41%. Com a baixa, a moeda devolveu um pouco da exagerada alta de 3,2% de segunda-feira,
quando subiu em parte pressionada por instituições interessadas
em influenciar a Ptax (média do
dólar medida pelo Banco Central). A Ptax serve de referência
para a liquidação de contratos futuros de câmbio negociados na
BM&F.
Ontem, o dólar encerrou as
operações a R$ 3,145.
(FABRICIO VIEIRA)
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