DA REPORTAGEM LOCAL

Antonio Carlos Piva de Albuquerque, diretor financeiro da Daslu, está preso no mesmo local para onde o ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira foi transferido na última segunda-feira: o CDP 2 (Centro de Detenção Provisória) de Guarulhos.
Os dois estão sob regime de observação (que pode durar de 10 a 20 dias) e ficam isolados dos demais 1.083 presos do centro. O local tem capacidade para abrigar 768 presos.
A Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo afirma que nas 32 unidades paulistas de detenção provisória não há celas especiais, como as destinadas a quem tem curso superior. Existem apenas celas comuns, que medem cerca de 12 metros quadrados e, normalmente, abrigam oito presos. Em cada cela, há um vaso sanitário e um chuveiro, além de camas de alvenaria.
O ex-banqueiro e Albuquerque estão em uma ala com outros presos provisórios. A Folha apurou que eles não estão na mesma cela, mas dividem suas celas com outros detentos que estão em regime de observação.
O irmão da dona da Daslu chegou ao local às 11h35, após passar por exame no IML (Instituto Médico Legal). No centro, recebeu um kit com calça e blusa amarelas, camiseta branca, além de objetos de higiene pessoal. Cid Ferreira usa o mesmo uniforme.
Aos dois presos, são servidas as mesmas refeições que aos demais: café da manhã, almoço (arroz, feijão, uma mistura e salada), desjejum (fruta ou café com leite) e jantar. A comida é servida em marmitex de uma empresa que fornece a alimentação aos presídios de São Paulo.
Cid Ferreira tem curso superior em economia e Albuquerque é formado pelo ITA e pela FGV, por isso seus advogados vão tentar a transferência deles para celas especiais. (CR e FF)


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