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Companhia acerta acordo para buscar gás em campos na Índia
DA SUCURSAL DO RIO
Em seu processo de internacionalização, a Petrobras prepara a entrada em mais um
país: a Índia. Já está acertado
um acordo com a estatal indiana de petróleo ONGC para a exploração de três campos marítimos destinados à produção de
gás, revelou à Folha o diretor
internacional da companhia,
Nestor Cerveró.
Segundo o executivo, o acordo entre as duas empresas será
assinado na semana que vem
durante a visita do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva ao
país. Na comitiva estarão Cerveró e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
O diretor disse que já foram
identificados três blocos na
costa da Índia com potencial de
produção de gás, foco da parceria com a estatal indiana.
É que, diz, a procura do país
por gás só faz crescer graças especialmente ao consumo para
geração de energia. "O mercado indiano é altamente demandante [por gás]", afirmou.
Em contrapartida, a estatal
indiana investirá na produção
de óleo e gás em três campos
marítimos ou terrestres localizados no Nordeste do Brasil,
sempre em associação com a
Petrobras.
O valor dos investimentos
previstos tanto na Índia como
no Brasil não está ainda definido, de acordo com o executivo.
Também não ficou acertada
a participação de cada companhia em cada projeto, embora
tenda a ser igualitária.
Equador
O executivo revelou ainda
que a Petrobras investirá até
US$ 3 bilhões no Equador para
desenvolver a produção de 100
mil a 150 mil barris/dia num
campo gigante na fronteira do
país com o Peru.
Trata-se de uma parceria da
estatal brasileira com a Petroequador, a Sinopec (China) e a
Enap (Chile).
De acordo com Cerveró, a Petrobras quer ser operadora do
campo -ou seja, responsável
por perfurações, descobertas e
desenvolvimento da produção.
O executivo afirmou que cada companhia deve ficar com
25% de participação no projeto.
Tais percentuais, porém, só serão definidos no fim do mês.
Nos últimos anos, a Petrobras busca diversificar as atividades e investir em novos países. No fim de maio, firmou
com a estatal argelina Sonatrach um acordo de cooperação
no suprimento de GNL (Gás
Natural Liquefeito) para atender aos terminais de importação do produto que estão sendo
implantados em Pecém (CE) e
na baía da Guanabara (RJ).
O acordo prevê ainda exploração e produção de blocos terrestres na Argélia e marítimos
no Brasil.
(PS)
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