São Paulo, quinta-feira, 02 de agosto de 2001

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Três regiões atingem meta de 20% em 2 meses

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A redução do consumo de energia elétrica nos dois primeiros meses do racionamento ficou em 20,35% no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A queda é em relação à média do período maio a julho do ano passado.
A redução no gasto de energia está dentro da meta de 20% fixada pelo "ministério do apagão" e está fazendo com que os reservatórios de água das hidrelétricas esvaziem no ritmo planejado pelo governo.
Os reservatórios nas regiões Sudeste e Centro-Oeste estão com 26,76% de sua capacidade de água. Com esse volume, ficam 2,46 pontos percentuais acima do previsto.
No Nordeste, os reservatórios estão com 20,94% de sua capacidade, ou 0,44 ponto percentual acima do previsto para o momento.
A previsão do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) é que o nível de água dos reservatórios neste mês fique dentro do esperado.

Sem cortes
Se o nível dos reservatórios descer além de um percentual a ser definido pelo governo, serão decretados feriados às sextas-feiras, como medida para evitar o apagão.
O "ministério do apagão", no entanto, prevê que não haja necessidade de cortes programados de energia pelo menos até o dia 15 de setembro.
Em julho, a redução do consumo de energia no Sudeste e no Centro-Oeste foi de 21,7%. Na região Nordeste, de 21%. Em junho, primeiro mês do racionamento, a redução no Sudeste e no Centro-Oeste havia sido de 19% e, no Nordeste, de 19,7%.
De acordo com o ministro José Jorge (Minas e Energia), há mais dificuldade em economizar energia na iluminação pública e para os consumidores residenciais que gastam mais de 500 kWh por mês.

Balanço
A maior redução de consumo ocorreu nas residências que gastam até 100 kWh por mês.
Hoje, o ministro Pedro Parente, coordenador do "ministério do apagão", deverá fazer um balanço do plano.
A região Norte (leste do Pará, parte do Maranhão e do Tocantins, segundo classificação do ONS), que é abastecida pela hidrelétrica de Tucuruí, fechou julho com redução de 9,8% de consumo. O resultado ficou aquém da meta de 15% estabelecida pelo governo.
Na próxima terça-feira, o "ministério do apagão" deve aumentar o racionamento na região, que passará para 20%, com corte de luz e pagamento de sobretaxa em caso de descumprimento de meta.


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