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Racionamento
não trava
indústria de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
O nível de atividade da indústria paulista não caiu em junho,
primeiro mês do racionamento
de energia elétrica, segundo a
Fiesp (Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo). O Indicador de Nível de Atividade (INA)
subiu 0,4% em junho.
Os indicadores divulgados ontem pela Fiesp mostram que o setor industrial cresceu a taxas menores do que as verificadas nos
cinco primeiros meses do ano. O
efeito da crise energética para a
indústria, pelo menos no mês de
junho, ficou longe da queda brusca na produção que alguns analistas chegaram a prever.
"Os dados mostram que não
houve uma ruptura. Não esperamos que ela ocorra em julho também", afirmou a economista Clarice Messer, diretora da Fiesp.
Caso a crise energética não derrube a produção a partir de agosto, as previsões do próprio presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva, serão frustradas. Na semana
passada, ele afirmou que o crescimento industrial do segundo semestre ficaria próximo de zero.
Clarice explica que o cenário é
bem diferente daquele desenhado
por analistas do setor financeiro,
que chegaram a afirmar que a
produção industrial em junho
deste ano poderia ser menor do
que a registrada no mesmo mês
do ano passado. O INA de junho
deste ano foi 3,9% maior que o registrado em junho de 2000.
"Isso mostra o quanto os nossos
analistas de mercado financeiro
não entendem de economia real",
diz Clarice. Ela afirma que o crescimento da indústria no segundo
semestre vai ficar longe dos 6,4%
registrados nos seis primeiros
meses deste ano em relação ao
mesmo período de 2000.
"Há sinais claros de desaceleração, e o segundo semestre está
longe de ser um mar de rosas", diz
a diretora da Fiesp. Os dados do
relatório do INA mostram que o
emprego, as vendas e os salários
cresceram em junho em um ritmo menor que o registrado nos
seis primeiros meses do ano.
O total de pessoal ocupado cresceu 1,2% em junho contra o mesmo mês de 2000. Na média, esse
crescimento era de 1,7% se levados em conta os seis primeiros
meses. O mesmo ocorre com o total de horas pagas (1,9% contra
3,8%) e com o salário real médio
(4,7% contra 7,1%).
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