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Coreano eleito assinou acordo de transição
DE WASHINGTON
A experiência acumulada na última década pelo FMI em países
durante períodos eleitorais deu à
instituição o cuidado de condicionar novos programas à aceitação
de suas cláusulas pelos candidatos
eleitos.
O caso mais famoso foi o das
eleições na Coréia do Sul, em
1997. No entanto esse precedente
não tem sido corretamente relatado no Brasil. Na Coréia do Sul não
houve um acordo entre o FMI e os
candidatos, mas sim um acordo
entre o FMI e o candidato eleito.
As eleições realizaram-se em 19
de dezembro de 1997 e já havia
um programa em andamento
com o Fundo. Horas depois das
eleições, chegou a Washington,
vindo de Seul, Kim Ki Hwan,
emissário do então governo da
Coréia do Sul.
Antes de encontrar-se com o
então subsecretário do Tesouro
dos Estados Unidos, Lawrence
Summers, Hwan recebeu um telefonema do virtual candidato eleito, Kim Dae Jung, referendando o
programa do FMI com a Coréia
do Sul e enviando um recado aos
Estados Unidos: ele cumpriria todas as condições impostas pelo
Fundo.
(MARCIO AITH)
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