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Dólar tem queda após relatório negativo do FMI
DA REDAÇÃO
DA BLOOMBERG
O dólar se desvalorizou em relação ao euro pelo terceiro dia consecutivo após o FMI (Fundo Monetário Internacional) ter dito em
relatório que a moeda norte-americana está significativamente supervalorizada.
O valor do dólar "permanece
acima do necessário" para diminuir o déficit em conta corrente
dos Estados Unidos, afirmou o
FMI em seu mais recente relatório
anual sobre a economia norte-americana.
"A economia dos EUA ainda
apresenta crescimento sólido,
mas o dólar precisa de algo mais
para registrar uma valorização
maior em relação ao euro e ao iene", disse Yuzo Nakajima, administrador de ativos da Deutsche
Asset Management de Tóquio. "O
relatório do FMI concentra sua
atenção sobre o déficit dos EUA e
serve de motivação para a venda
[de dólares]."
O euro se valorizou e fechou ontem a US$ 1,2178, ante US$ 1,2122
de sexta-feira em Nova York, segundo o sistema eletrônico de
operações de câmbio EBS. O dólar teve valorização de 11% em relação ao euro este ano.
A moeda norte-americana também se desvalorizou frente ao iene japonês, caindo para 112,27 ienes, contra os 112,50 ienes de sexta-feira. De acordo com Nakajima, é provável que a moeda dos
EUA se desvalorize para 124 ienes
este mês.
O déficit em conta corrente dos
EUA cresceu e alcançou o recorde
de US$ 195,1 bilhões no primeiro
trimestre deste ano, fato que aumenta a dependência do país das
tomadas de empréstimos no exterior para alimentar o apetite norte-americano pelas importações.
Em maio passado, o déficit comercial dos EUA ficou em US$
55,3 bilhões.
"O FMI ressaltou os problemas
relativos aos déficits [dos EUA],
que estão chamando a atenção",
disse Daisuke Uno, analista da Sumitomo Mitsui Banking de Tóquio. Segundo Uno, o dólar pode
se desvalorizar para US$ 1,2750
por euro até o final deste ano.
Títulos
O retorno dos títulos do Tesouro norte-americano com vencimento em dez anos subiram ontem e atingiram seu maior nível
em três meses durante o dia, enquanto os títulos de dois anos
chegaram ao maior retorno em
quatro anos, após a divulgação de
dados positivos da indústria americana.
O título de dez anos atingiu retorno de 4,348%, o maior desde o
meio de abril, caindo mais tarde
para 4,324% em Nova York. Já o
de dois anos chegou a 4,052%.
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