São Paulo, terça-feira, 02 de agosto de 2005

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Dólar tem queda após relatório negativo do FMI

DA REDAÇÃO

DA BLOOMBERG

O dólar se desvalorizou em relação ao euro pelo terceiro dia consecutivo após o FMI (Fundo Monetário Internacional) ter dito em relatório que a moeda norte-americana está significativamente supervalorizada.
O valor do dólar "permanece acima do necessário" para diminuir o déficit em conta corrente dos Estados Unidos, afirmou o FMI em seu mais recente relatório anual sobre a economia norte-americana.
"A economia dos EUA ainda apresenta crescimento sólido, mas o dólar precisa de algo mais para registrar uma valorização maior em relação ao euro e ao iene", disse Yuzo Nakajima, administrador de ativos da Deutsche Asset Management de Tóquio. "O relatório do FMI concentra sua atenção sobre o déficit dos EUA e serve de motivação para a venda [de dólares]."
O euro se valorizou e fechou ontem a US$ 1,2178, ante US$ 1,2122 de sexta-feira em Nova York, segundo o sistema eletrônico de operações de câmbio EBS. O dólar teve valorização de 11% em relação ao euro este ano.
A moeda norte-americana também se desvalorizou frente ao iene japonês, caindo para 112,27 ienes, contra os 112,50 ienes de sexta-feira. De acordo com Nakajima, é provável que a moeda dos EUA se desvalorize para 124 ienes este mês.
O déficit em conta corrente dos EUA cresceu e alcançou o recorde de US$ 195,1 bilhões no primeiro trimestre deste ano, fato que aumenta a dependência do país das tomadas de empréstimos no exterior para alimentar o apetite norte-americano pelas importações. Em maio passado, o déficit comercial dos EUA ficou em US$ 55,3 bilhões.
"O FMI ressaltou os problemas relativos aos déficits [dos EUA], que estão chamando a atenção", disse Daisuke Uno, analista da Sumitomo Mitsui Banking de Tóquio. Segundo Uno, o dólar pode se desvalorizar para US$ 1,2750 por euro até o final deste ano.

Títulos
O retorno dos títulos do Tesouro norte-americano com vencimento em dez anos subiram ontem e atingiram seu maior nível em três meses durante o dia, enquanto os títulos de dois anos chegaram ao maior retorno em quatro anos, após a divulgação de dados positivos da indústria americana.
O título de dez anos atingiu retorno de 4,348%, o maior desde o meio de abril, caindo mais tarde para 4,324% em Nova York. Já o de dois anos chegou a 4,052%.

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