São Paulo, terça-feira, 02 de agosto de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Investidor responde de forma positiva à saída da Câmara do presidente do PL, Valdemar Costa Neto (SP)

Renúncia agrada, dólar cai e Bolsa sobe

DA REPORTAGEM LOCAL

A renúncia do presidente do PL, o deputado federal Valdemar Costa Neto (SP), teve resposta positiva do mercado. A Bovespa, que operou em leve baixa durante quase todo o pregão, virou e fechou com alta de 0,98%.
O dólar se distanciou um pouco mais dos R$ 2,40. A queda de 0,46% registrada ontem levou a moeda americana a R$ 2,369.
Pela manhã, a pressão sobre o preço do petróleo e a alta dos juros dos títulos americanos focaram a atenção dos investidores domésticos. Mas a renúncia do deputado do PL -acusado de envolvimento no suposto esquema do "mensalão"- foi encarada pelo mercado como sinal de que a crise política pode começar a se esvaziar e trouxe certo ânimo.
Porém o depoimento de José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil, ao Conselho de Ética da Câmara pode voltar a trazer turbulência ao mercado.
Apesar do ânimo no fim do dia, a movimentação da Bolsa não foi das maiores das últimas semanas e ficou em R$ 1,106 bilhão.
O lucro recorde alcançado pelo Itaú no primeiro semestre trouxe compradores para suas ações. Com isso, o papel preferencial do banco subiu 2,26%.
A ação preferencial da Sadia, que apareceu na prévia da próxima carteira do Ibovespa (o principal índice da Bolsa), que vai vigorar entre setembro e dezembro, teve alta de 1,47%. O papel entrou no lugar de Tractebel ON, que encerrou o dia com perda de 0,53%.
Fazer parte do Ibovespa é algo importante para as empresas de capital aberto. O índice, que reúne as 55 ações de maior liquidez, é uma relevante vitrine para as ações de uma companhia.
No pregão da BM&F, as projeções das taxas de juros oscilaram pouco e o mercado registrou baixo volume de negócios. Só 203 mil contratos DI (que carregam as projeções dos juros) trocaram de mãos. Na segunda passada, foram negociados 779 mil contratos.
Nos contratos com resgate a partir de janeiro de 2007, as taxas subiram um pouco. No papel que vence daqui a um ano, a taxa foi de 18,39% para 18,43%.
Hoje, o mercado está dividido entre os que vêem possibilidade de a taxa básica ser reduzida já neste mês e os que esperam corte só em setembro. (FABRICIO VIEIRA)

Texto Anterior: Dólar tem queda após relatório negativo do FMI
Próximo Texto: Safra: Paraná perderá 6 mi de toneladas de grãos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.