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MERCADO FINANCEIRO
Investidor responde de forma positiva à saída da Câmara do presidente do PL, Valdemar Costa Neto (SP)
Renúncia agrada, dólar cai e Bolsa sobe
DA REPORTAGEM LOCAL
A renúncia do presidente do
PL, o deputado federal Valdemar
Costa Neto (SP), teve resposta positiva do mercado. A Bovespa,
que operou em leve baixa durante
quase todo o pregão, virou e fechou com alta de 0,98%.
O dólar se distanciou um pouco
mais dos R$ 2,40. A queda de
0,46% registrada ontem levou a
moeda americana a R$ 2,369.
Pela manhã, a pressão sobre o
preço do petróleo e a alta dos juros dos títulos americanos focaram a atenção dos investidores
domésticos. Mas a renúncia do
deputado do PL -acusado de envolvimento no suposto esquema
do "mensalão"- foi encarada
pelo mercado como sinal de que a
crise política pode começar a se
esvaziar e trouxe certo ânimo.
Porém o depoimento de José
Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil, ao Conselho de Ética da
Câmara pode voltar a trazer turbulência ao mercado.
Apesar do ânimo no fim do dia,
a movimentação da Bolsa não foi
das maiores das últimas semanas
e ficou em R$ 1,106 bilhão.
O lucro recorde alcançado pelo
Itaú no primeiro semestre trouxe
compradores para suas ações.
Com isso, o papel preferencial do
banco subiu 2,26%.
A ação preferencial da Sadia,
que apareceu na prévia da próxima carteira do Ibovespa (o principal índice da Bolsa), que vai vigorar entre setembro e dezembro,
teve alta de 1,47%. O papel entrou
no lugar de Tractebel ON, que encerrou o dia com perda de 0,53%.
Fazer parte do Ibovespa é algo
importante para as empresas de
capital aberto. O índice, que reúne
as 55 ações de maior liquidez, é
uma relevante vitrine para as
ações de uma companhia.
No pregão da BM&F, as projeções das taxas de juros oscilaram
pouco e o mercado registrou baixo volume de negócios. Só 203 mil
contratos DI (que carregam as
projeções dos juros) trocaram de
mãos. Na segunda passada, foram
negociados 779 mil contratos.
Nos contratos com resgate a
partir de janeiro de 2007, as taxas
subiram um pouco. No papel que
vence daqui a um ano, a taxa foi
de 18,39% para 18,43%.
Hoje, o mercado está dividido
entre os que vêem possibilidade
de a taxa básica ser reduzida já
neste mês e os que esperam corte
só em setembro. (FABRICIO VIEIRA)
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