DA REDAÇÃO

Em discurso a sindicalistas no feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, o presidente George W. Bush afirmou que seu programa de redução de impostos ajudou a conter a recessão que atingiu o país em 2001.
"Temos bons alicerces para o crescimento e já superamos muitos obstáculos", disse o presidente norte-americano em Richfield, no Estado de Ohio. "Atuamos para sair da recessão e atuamos com a redução de impostos."
Os EUA atravessaram uma recessão de março a novembro de 2001. O governo Bush conseguiu neste ano que o Congresso americano aprovasse um pacote de reduções de impostos num valor de US$ 350 bilhões até 2008.
Críticos e oposicionistas dizem que o corte beneficia apenas os mais ricos e não gera empregos.
Apesar de prometer "dias melhores", Bush admitiu que há "um problema com o setor manufatureiro", no qual as perdas de empregos foram especialmente importantes. Ele atribuiu essas dificuldades aos ganhos de produtividade, mas também declarou que as regras do comércio mundial deviam ser "equitativas" para evitar a transferência de empregos para países estrangeiros.
Mesmo com a economia americana dando sinais de recuperação -o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 3,1% no segundo trimestre-, o nível de desemprego se mantém num patamar alto.
Os gastos militares provocados pela Guerra do Iraque foram responsáveis por boa parte do aquecimento na economia, mas não foram mencionados pelo presidente americano.

Eleição
De olho na próxima eleição presidencial, marcada para daqui a 15 meses e na qual deve tentar novo mandato, Bush preferiu falar da indústria americana. Ele afirmou que a administração federal irá trabalhar para eliminar regras comerciais que desfavoreçam a indústria americana, mas não deu detalhes de como faria isso. "Esperamos que haja um campo de jogo limpo no que se refere ao comércio", disse. "Nossa intenção é manter as regras justas."