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Rato vê vigor no crescimento mundial
FABRICIO VIEIRA
ENVIADO ESPECIAL A SANTIAGO
O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), o
espanhol Rodrigo Rato, desembarcou ontem em Santiago, capital do Chile. Além de se reunir
com representantes do governo
chileno, Rato vai participar da 11ª
Reunião de Ministros das Finanças da Apec (sigla em inglês para
Cooperação Econômica da Ásia e
do Pacífico). Santiago sediará o
evento, que começou ontem e vai
até amanhã.
Em sua primeira visita à América Latina após assumir o cargo
máximo do Fundo, Rato já passou pela Argentina e pelo Uruguai. Amanhã, estará em Brasília.
Ontem, em sua primeira atividade em Santiago, Rato se reuniu
com o ministro da Fazenda do
Chile, Nicolás Eyzaguirre.
Rato afirmou que a economia
mundial está mostrando sinais de
crescimento robusto, com base
nos dados econômicos disponíveis para o terceiro trimestre.
"Os dados do terceiro trimestre
são positivos, e o Fundo acredita
que 2004 vá ser muito dinâmico e
2005 seguirá na mesma direção."
"Os países mais desenvolvidos
devem fazer esforços para reduzir
as pressões orçamentárias e reduzir os déficits públicos", disse ele.
Hoje, o diretor-gerente do FMI
falará em um almoço fechado, no
qual se reunirão os ministros e dirigentes representantes dos 21
países que formam a Apec.
O presidente do BC do Chile,
Vittorio Corbo, falará no almoço
sobre desenvolvimento macroeconômico global e regional.
Também é esperada uma palestra de Rato na parte da tarde, durante o encontro da Apec.
A passagem do diretor-gerente
do FMI pela Argentina foi tumultuada. Os protestos contra a presença de Rato no país acabaram
com cerca de cem manifestantes
detidos pela polícia e oito pessoas
feridas. Os argentinos são contra a
presença do FMI no país.
O tema principal a ser discutido
na reunião da Apec é a sustentabilidade das políticas fiscais dos 21
países que formam o grupo.
Entre os países latino-americanos, Chile, México e Peru fazem
parte da Apec, que foi criada em
1989. Juntos, os países que compõem a Apec representam aproximadamente 47% do PIB mundial e possuem um mercado de
2,5 bilhões de consumidores.
EUA, Japão e China são os países
de maior peso econômico entre
os que formam a entidade.
Para Raúl Saez, coordenador de
Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda do Chile, um
ponto importante a ser debatido
no encontro é "o de como é possível conduzir a política fiscal para
que ela contribua com a estabilidade econômica" dos países.
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