São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Rato vê vigor no crescimento mundial

FABRICIO VIEIRA
ENVIADO ESPECIAL A SANTIAGO

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), o espanhol Rodrigo Rato, desembarcou ontem em Santiago, capital do Chile. Além de se reunir com representantes do governo chileno, Rato vai participar da 11ª Reunião de Ministros das Finanças da Apec (sigla em inglês para Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico). Santiago sediará o evento, que começou ontem e vai até amanhã.
Em sua primeira visita à América Latina após assumir o cargo máximo do Fundo, Rato já passou pela Argentina e pelo Uruguai. Amanhã, estará em Brasília.
Ontem, em sua primeira atividade em Santiago, Rato se reuniu com o ministro da Fazenda do Chile, Nicolás Eyzaguirre.
Rato afirmou que a economia mundial está mostrando sinais de crescimento robusto, com base nos dados econômicos disponíveis para o terceiro trimestre.
"Os dados do terceiro trimestre são positivos, e o Fundo acredita que 2004 vá ser muito dinâmico e 2005 seguirá na mesma direção."
"Os países mais desenvolvidos devem fazer esforços para reduzir as pressões orçamentárias e reduzir os déficits públicos", disse ele.
Hoje, o diretor-gerente do FMI falará em um almoço fechado, no qual se reunirão os ministros e dirigentes representantes dos 21 países que formam a Apec.
O presidente do BC do Chile, Vittorio Corbo, falará no almoço sobre desenvolvimento macroeconômico global e regional.
Também é esperada uma palestra de Rato na parte da tarde, durante o encontro da Apec.
A passagem do diretor-gerente do FMI pela Argentina foi tumultuada. Os protestos contra a presença de Rato no país acabaram com cerca de cem manifestantes detidos pela polícia e oito pessoas feridas. Os argentinos são contra a presença do FMI no país.
O tema principal a ser discutido na reunião da Apec é a sustentabilidade das políticas fiscais dos 21 países que formam o grupo.
Entre os países latino-americanos, Chile, México e Peru fazem parte da Apec, que foi criada em 1989. Juntos, os países que compõem a Apec representam aproximadamente 47% do PIB mundial e possuem um mercado de 2,5 bilhões de consumidores. EUA, Japão e China são os países de maior peso econômico entre os que formam a entidade.
Para Raúl Saez, coordenador de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda do Chile, um ponto importante a ser debatido no encontro é "o de como é possível conduzir a política fiscal para que ela contribua com a estabilidade econômica" dos países.


Texto Anterior: Tango: Argentina sinaliza concessões ao FMI
Próximo Texto: PIB: Instituto prevê expansão global recorde neste ano
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.