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CRISE NO AR
Juíza revoga liminar que arrestava bens da Varig Log e da VEM; autorização final sai na próxima semana
Justiça libera Varig para vender subsidiária
FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE
A juíza Giselle Bondim Lopes
Ribeiro, da 19ª Vara do Trabalho
do Rio de Janeiro, revogou ontem
a liminar concedida na segunda-feira que determinava o arresto
dos bens da Varig Log (cargas) e
da VEM (Varig Engenharia e Manutenção).
A liminar -concedida a pedido
dos sindicatos de aeronautas e aeroviários- suspendia a venda da
Varig Log para o fundo norte-americano Matlin Patterson.
A Varig espera agora pela autorização da Justiça para vender a
Varig Log. O Tribunal de Justiça
do Rio informou que vai se manifestar sobre o negócio na próxima
semana. O TJ vai esperar pelo resultado da reunião entre a juíza
Márcia Cunha, da 1ª Vara Empresarial do Rio, e o juiz da Corte de
Falências dos EUA Robert Drain
-que vai analisar o pedido da
ILFC (International Lease Finance Corporation) de arrestar 11 aeronaves arrendadas para a Varig.
A juíza -que viaja na segunda
para os Estados Unidos- integra
a comissão criada pelo TJ para auxiliar a recuperação da Varig.
Para evitar a retomada dessas
aeronaves, a Varig fechou acordo
anteontem em que se compromete a pagar a dívida de US$ 6 milhões com a ILFC até o dia 20.
"A Varig tem urgência de caixa
para se manter durante o processo de recuperação, que vai até dezembro. Com o dinheiro da venda da Varig Log, poderemos
manter em dia o pagamento de
funcionários e o arrendamento de
aviões", disse o presidente da Varig, Omar Carneiro da Cunha.
A transação prevê a venda de
95% da Varig Log -avaliada em
US$ 100 milhões- para o fundo
americano Matlin Patterson. O
fundo pagará US$ 38 milhões,
pois descontará o passivo (US$ 60
milhões) e 5% que permanecerão
com a Varig. O fundo está disposto a emprestar US$ 65 milhões à
Varig, lastreados numa operação
de antecipação de recebíveis.
O presidente do conselho de administração da Varig, David
Zylbersztajn, disse que a venda da
Varig Log deve trazer "oxigênio"
para a empresa. "Queremos pagar os credores. Temos dívidas a
pagar e precisamos do dinheiro."
Além da autorização da Justiça,
a Varig também precisará do aval
da Fundação Ruben Berta -que
detém 87% da companhia- para
vender a Varig Log. Representantes do conselho curador da FRB
participarão da reunião do conselho da Varig, na próxima sexta.
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