São Paulo, quarta-feira, 02 de outubro de 2002
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MONTADORAS Ato em protesto contra demissões durou quatro horas em três setores Protesto paralisa DaimlerChrysler
CLAUDIA ROLLI DA REPORTAGEM LOCAL Funcionários da DaimlerChrysler (dona da marca Mercedes-Benz) paralisaram ontem, por quatro horas, três setores da unidade de São Bernardo contra 206 demissões feitas pela montadora. A paralisação parcial envolveu 400 horistas indiretos e mensalistas da ferramentaria, do setor de projeto de ferramentas e de engenharia de fábrica. Os empregados fizeram uma passeata interna até o setor de produção de motores. Novos protestos devem acontecer para pressionar a empresa a negociar os cortes. A produção de caminhões está parada desde segunda-feira, quando 2.400 funcionários entraram em férias coletivas. As demissões fazem parte de um plano de competitividade anunciado em junho pela montadora para reduzir custos. Foi aberto um PDV (Programa de Demissão Voluntária). Mas, como o número de inscritos chegou a 360 (a meta era 570), a montadora fez as demissões. "Fui convidado para o PDV, mas não aceitei. A empresa nos tratou com intransigência", disse E.L., do setor de planejamento, que preferiu não se identificar. Há 16 anos na fábrica, ele tem curso superior em tecnologia e ganha R$ 2.300 por mês. Para E.N.,funcionário há 20 anos da fábrica que ganha R$ 3.200, a decisão da montadora também é política. "Seria mais difícil demitir após as eleições." A empresa confirmou a paralisação, mas informou que não houve prejuízos. Texto Anterior: Opinião Econômica - Paulo Rabello de Castro: Eleições 2002: crescimento, fórmula para 2020 Próximo Texto: PDV da Volks tem 33 inscrições Índice |
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