São Paulo, quarta-feira, 02 de outubro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa sobe 4,34% e acompanha Nasdaq e Dow Jones; projeções para juros e cupom cambial caem

Petrobras sobe 10% e puxa alta da Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

As ações da Petrobras puxaram a alta da Bolsa de Valores de São Paulo ontem. O Ibovespa, índice que concentra as 55 ações mais negociadas do pregão paulista, subiu 4,34% e fechou o dia próximo dos 9.000 pontos, a 8.997 pontos. As altas de 4,57% do Dow Jones e de 3,55% da Nasdaq também influenciaram positivamente o mercado doméstico.
O giro financeiro continuou pequeno -a Bovespa negociou R$ 463,593 milhões. As ações ordinárias e preferenciais da Petrobras movimentaram pouco mais de R$ 100 milhões -ou cerca de 22% de todo o volume da Bolsa.
Petrobras ON liderou as altas do dia, com valorização de 10,1%. Petrobras PN subiu 7,5%.
Os papéis da petrolífera foram beneficiados pela alta do preço do barril do petróleo e pelo reajuste no preço do óleo combustível.
Além disso, as ações passam por um ajuste -Petrobras ON acumulou baixa de 18,33% na semana passada; a ação preferencial teve perda de 17,64% no período.
Ações de empresas exportadoras caíram por mais um dia, acompanhando a baixa do dólar. Aracruz PNB liderou as perdas da Bolsa, com baixa de 6,8%. Vale do Rio Doce PNA perdeu 3,6% de seu valor e VCP PN caiu 0,6%.
Os papéis do setor bancário subiram. Itaú PN fechou com alta de 6,5% e Bradesco PN, 6,87%. As duas ações estiveram entre as mais negociadas do dia. A alta de 4,4% dos C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira, beneficiou os bancos que possuem grandes quantidades de títulos públicos. Na semana passada, os C-Bonds acumularam perda de 11%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções para os juros futuros tiveram forte queda. Os contratos para janeiro de 2003, os que concentram o maior número de negócios, passaram de 21,99% para 20,85%. Os contratos para novembro caíram de 19,26% para 18,63%. A queda do dólar intensificou a baixa das projeções.
A passagem do vencimento de dívida cambial do governo também levou alívio ao cupom cambial -projeção do valor da taxa de juros em dólar. O FRA (Forward Rate Agreement, melhor medida do cupom cambial) para dezembro passou de 53,09% para 49,70%. O FRA mais negociado, para janeiro de 2003, caiu de 54,35% para 51,20%.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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