São Paulo, quinta, 2 de outubro de 1997.




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REFRIGERANTES
Compra da Pepsi pela Brahma é oficializada

da Redação

A Brahma, do grupo Garantia, informou ontem a Bolsa de Valores de São Paulo que chegou a um "acordo de princípio" pelo qual irá adquirir a totalidade das subsidiárias brasileiras da Buenos Aires Embotelladora S/A (Baesa).
A Baesa, empresa argentina, detém a concessão para a produção e distribuição de produtos da marca Pepsi-Cola na região Sul e parte da Sudeste no Brasil. Tem operações na Argentina, Uruguai e Chile.
O valor da compra não foi revelado à Bovespa. Mas pode ser o maior negócio do setor de refrigerantes desta década no Brasil.
As negociações de compra da parte brasileira da Baesa estavam emperradas por causa das dívidas.
Calcula-se que, juntando ações trabalhistas e dívidas bancárias, a empresa tenha passivo de US$ 55 milhões a US$ 100 milhões no Brasil. O total da dívida da Baesa S/A chega a US$ 600 milhões.
As dificuldades começaram em 94, quando a Pepsi resolveu investir US$ 300 milhões na expansão no Brasil. Os juros subiram e a marca não conseguiu tomar da Coca-Cola a fatia de mercado brasileiro esperada.
"Condições prévias"
Segundo a Brahma, a efetivação da operação de compra da Baesa no Brasil depende do preenchimento de diversas condições prévias relativas às sociedades cujas cotas serão adquiridas, ao franqueador e aos credores, "condições essas cuja verificação deverá ocorrer nas próximas semanas".
Para a Brahma, é prematuro antecipar qualquer estimativa de investimentos ou dos efeitos sobre os seus resultados decorrentes dessa aquisição, "considerando a relevância e a complexidade dessas condições precedentes".
A Brahma se comprometeu, tão logo seja oficializada a aquisição, a prestar mais informações.



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