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GAVETA FECHADA
Setor, que também faz guarda-chuva, sucumbe à concorrência asiática
Sem apoio, sindicato de bengala fecha e encerra ciclo ndustrial
FREDERICO VASCONCELOS
da Reportagem Local
A indústria paulista completa
um ciclo, com a dissolução, nesta semana, do Sindicato da Indústria de Guarda-Chuvas e
Bengalas de São Paulo.
O fim do sindicato reflete o desaparecimento de um pequeno
segmento industrial diante da
invasão de importados, com a
abertura da economia.
Literalmente, sem o guarda-chuva de mecanismos de proteção, pequenas indústrias foram
levadas pela enxurrada de artigos asiáticos, mais baratos.
O sindicato fechou as portas
com apenas uma associada: a Samira, empresa do presidente da
entidade, Moris Goichberg, e do
tesoureiro, Cássio Elisabetsky.
Esse "sindicato de gaveta" tinha poder de voto na Fiesp igual
ao da indústria de autopeças.
Sua dissolução não se deveu a
uma nova ordenação sindical na
Fiesp, o que depende de mudanças na legislação sindical.
Até lá, outros cartórios continuarão operando. O sindicato
das bengalas dividia uma sala
com três sindicatos: o de cordoalha e estopa, o de balanças,
pesos e medidas e o de chapéus.
O chapéu saiu de moda, mas a
Fiesp conserva o sindicato de
"chapéus de homens" e o de
"roupas e chapéus de senhoras",
além do sindicato de "luvas, bolsas e peles de resguardo".
Há o sindicato da "indústria de
confecção de roupas", o da "indústria de alfaiataria e de confecção de roupas de homem" e o
"da indústria de camisas para
homem e roupas brancas".
Esse último funciona num pardieiro, no Brás, junto com o sindicato da "indústria da mandioca". Lá, compartilham sala, estrutura e desimportância com
seis sindicatos do comércio.
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