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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa chega a cair 4,5%, mas tem reação
da Reportagem Local
A Bolsa de Valores de São Paulo
voltou a fechar em queda, após
baixar mais de 5% na segunda.
O Ibovespa, índice da Bolsa paulista, encerrou com desvalorização de 1%, bem mais modesta do
que a atingida durante o pregão,
que assustou operadores.
No pior momento do dia, a Bolsa
chegou a cair 4,5%. A repetição da
baixa de segunda levou participantes do mercado a questionar se
haveria algum motivo mais sério
por trás do movimento.
A queda da segunda-feira foi
atribuída a uma realização de lucros -já que o mercado acumulava alta forte nas últimas semanas- e muitos esperavam que o
movimento continuasse ontem,
mas não em tal intensidade.
A recuperação no final do dia
acabou afastando tais temores,
confirmando, ao menos por enquanto, a tese de realização.
O fraco desempenho da Bovespa
seguiu a tendência ditada pelos
demais mercados acionários. As
Bolsas asiáticas e européias caíram
fortemente, correndo atrás da baixa ocorrida em Nova York na segunda (-2,32%).
O índice Hang Seng, de Hong
Kong, caiu 4,1%. Em Tóquio, a
baixa foi de 0,32%. O índice
FT-100 de Londres teve queda de
3,59%, enquanto em Frankfurt o
recuo foi de 4,95%.
Para completar o quadro negativo, Nova York teve um pregão
muito volátil. Subiu e desceu durante o dia, chegou a cair 1,4% e
fechou positivo em 0,19%.
No mercado local, um fato interessante foi notado por um operador. Não foram as ações das telefônicas, vedetes da recente alta da
Bolsa, as responsáveis pela queda.
Enquanto as teles responderam
por cerca de 30% a 35% do volume
das últimas semanas, ontem elas
participaram com cerca de 10%. O
inverso ocorreu com o recibo de
Telebrás, que ontem ocupou mais
espaço.
O raciocínio: as ações compradas na semana passada não foram
as mesmas vendidas ontem. O
pregão foi muito mais caracterizado por operações de "day trade",
de investidores que tentaram ganhar com as oscilações no dia.
Os mercados de câmbio e juros
não tiveram grandes alterações. O
BC manteve a redução de 0,2 ponto na taxa de juro do overnight,
tomando recursos a 34,2%.
Até as 19h, tinha saído pouco
mais de US$ 100 milhões do país.
(VANESSA ADACHI)
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