São Paulo, sexta-feira, 03 de janeiro de 2003

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PESQUISA

Desvalorização do real e pouco crédito são causas

Aumenta o número de falências na cidade de São Paulo em 2002

DA REPORTAGEM LOCAL

O ano de 2002 fechou com um aumento de 25,7% no número de falências requeridas e 30,4% no de falências decretadas em relação a 2001. Os dados, relativos à cidade de São Paulo, foram divulgados ontem pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
A escassez de crédito externo, a desvalorização da cotação do real e a retração das vendas no ano passado são apontadas como as principais causas para as dificuldades encontradas pelo comércio e pelas empresas paulistanas.
Para Alencar Burti, presidente da ACSP, nesse aumento também estão contidos reflexos de pedidos de falência iniciados em 2001, já que os processos, muitas vezes, se arrastam por mais de um ano.
O desaquecimento da economia em 2002 também foi o responsável pelo crescimento do número de concordatas decretadas, que subiu 73,9% em comparação com o ano anterior.
O mesmo relatório da ACSP revela que, em 2002, a inadimplência líquida entre pessoas físicas caiu. A taxa passou dos 7,7% de 2001 para 6,3% no ano passado.
Para Burti, essa queda teve como principal motivo o uso de parte de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do 13º salário para saldar dívidas.


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