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CÂMBIO
Unificação dos mercados poderia fortalecer a região contra ataques especulativos
Ásia debate a criação do seu euro
das agências internacionais
Joseph Yam, principal dirigente
do equivalente ao banco central de
Hong Kong, defendeu a idéia de
uma versão asiática do euro, dizendo que a unidade nos mercados
ajudaria a fortalecer a região contra ataques especulativos.
A unificação dos mercados, afirmou, poria a Ásia numa posição
mais forte e tornaria cada país menos vulnerável à especulação. Mas
acrescentou que ainda está longe o
momento de tomar decisões concretas para criar uma moeda única, lembrando que o euro surge depois de 50 anos de discussão.
O início das operações com o euro, no dia 1º, está levando à discussão sobre seu impacto na economia asiática.
O primeiro-ministro do Japão,
Keizo Obuchi, já programou uma
visita à França, Itália e Alemanha,
neste início de janeiro, para avaliar
o impacto do euro sobre o Japão.
Até agora, a mais surpreendente
manifestação foi, porém, do ministro de Finanças japonês, Kiichi
Miyazawa, que defendeu a revisão
do sistema financeiro internacional, incluindo a proposta de lançamento de bandas de flutuação entre as principais moedas mundiais
(dólar, iene e euro).
A idéia é criar bandas de variação
de uma moeda em relação à outra.
O euro, por exemplo, só poderia
variar entre determinadas cotações do dólar ou do iene.
Paralelamente às manifestações
dos governos, empresas e bancos
instalados na Ásia também procuram avaliar o efeito do euro.
Tommy Koh, diretor da Asia-Europe Foundation, disse que a criação do euro deveria ser bem recebida pelos países asiáticos porque
a moeda vai ultrapassar o iene em
importância e rivalizar com o dólar. Como os países asiáticos dependem da economia dos EUA, seria o momento de passarem a valorizar os negócios com a Europa.
Para as companhias japonesas
instaladas na Europa ou com negócios com países europeus, o euro significa grandes mudanças. A
maioria dos empresários se mostra
cautelosa já que se espera maior
competição na região.
Tatsuo Takahashi, presidente da
Toyota Motor na Europa, disse
que acha a introdução do euro como um desafio positivo para sua
companhia, mas que os efeitos a
longo prazo ainda não estão claros.
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