São Paulo, domingo, 03 de fevereiro de 2002

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Agência vai apurar congestionamentos

DA REPORTAGEM LOCAL

A Camex (Câmara de Comércio Exterior), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, quer saber se existem gargalos e congestionamentos nos portos brasileiros. Por isso, irá chamar os órgãos e as agências reguladoras para apurar o que acontece. O órgão já admite que há falhas no atual sistema.
"Precisamos informatizar e automatizar os portos. Comprar equipamentos e reduzir as perdas", afirma Ricardo Lima, assessor especial da Camex.
No início do mês, o diretor da Câmara, Roberto Gianetti da Fonseca, disse que os maiores portos brasileiros -Santos, Rio de Janeiro, Paranaguá e Vitória- estão sob ameaça de colapso por problemas políticos, administrativos e estruturais. Segundo ele, apesar dos esforços de modernização nos últimos anos, os resultados ainda seriam insuficientes.
"As licitações têm amarrado os terminais, mas não é possível mudar as regras assim, de uma hora para outra", diz Lima.
Se isso ocorresse, poderiam aparecer impedimentos legais. Por exemplo: é aberta licitação num terminal de fertilizantes e uma empresa privada ganha a concessão. Se, no futuro, esse terminal ficar ocioso e quiser receber outra carga, qualquer empresa privada -que perdeu a concorrência- pode reclamar. E dizer que a licitação aceita apenas a entrada de fertilizantes no local.
Mesmo que essa mudança pudesse desafogar a operação, não há como alterar as regras no meio do jogo, dizem os diretores dos portos. Por isso, há uma tentativa de mudar as normas daqui para frente, nas próximas licitações, quando a privatização do sistema portuário avançar.


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