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Agência vai apurar
congestionamentos
DA REPORTAGEM LOCAL
A Camex (Câmara de Comércio
Exterior), ligada ao Ministério do
Desenvolvimento, quer saber se
existem gargalos e congestionamentos nos portos brasileiros.
Por isso, irá chamar os órgãos e as
agências reguladoras para apurar
o que acontece. O órgão já admite
que há falhas no atual sistema.
"Precisamos informatizar e automatizar os portos. Comprar
equipamentos e reduzir as perdas", afirma Ricardo Lima, assessor especial da Camex.
No início do mês, o diretor da
Câmara, Roberto Gianetti da Fonseca, disse que os maiores portos
brasileiros -Santos, Rio de Janeiro, Paranaguá e Vitória- estão sob ameaça de colapso por
problemas políticos, administrativos e estruturais. Segundo ele,
apesar dos esforços de modernização nos últimos anos, os resultados ainda seriam insuficientes.
"As licitações têm amarrado os
terminais, mas não é possível mudar as regras assim, de uma hora
para outra", diz Lima.
Se isso ocorresse, poderiam
aparecer impedimentos legais.
Por exemplo: é aberta licitação
num terminal de fertilizantes e
uma empresa privada ganha a
concessão. Se, no futuro, esse terminal ficar ocioso e quiser receber
outra carga, qualquer empresa
privada -que perdeu a concorrência- pode reclamar. E dizer
que a licitação aceita apenas a entrada de fertilizantes no local.
Mesmo que essa mudança pudesse desafogar a operação, não
há como alterar as regras no meio
do jogo, dizem os diretores dos
portos. Por isso, há uma tentativa
de mudar as normas daqui para
frente, nas próximas licitações,
quando a privatização do sistema
portuário avançar.
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