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MERCADO ABERTO
Abimaq teme nova linha do BNDES
O presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Newton de Mello, teme que a nova linha anunciada pelo BNDES para financiar
máquinas importadas prejudique a indústria nacional. "O risco
é o BNDES começar a gerar empregos no exterior", diz.
Mello pediu ontem uma audiência a Guido Mantega, presidente do BNDES, para manifestar suas preocupações com relação à nova linha. Ele pretende levar também uma série de sugestões para evitar que os empréstimos do banco sejam concedidos
a empresas estrangeiras de máquinas já fabricadas no Brasil.
Apesar de o BNDES ter afirmado que a nova linha só atenderá a
pedidos de importação de máquinas sem similar nacional, Mello diz que essa discussão sobre
similaridade é muito complexa.
"Há muitas formas inidôneas e
capciosas para provar que um
determinado produto não tem
similar nacional", diz.
Mello teme que a linha acabe
gerando uma enxurrada de pedidos de importação de máquinas,
incluindo as que são produzidas
no Brasil. O dólar barato já é um
grande incentivo à importação.
Segundo Mello, a nova linha seria um empurrão a mais para aumentar os pedidos de compras
de máquinas de fora.
No encontro com Mantega,
Mello diz que irá levar a ele pelo
menos duas sugestões para evitar
que os financiamentos à importação sejam concedidos a máquinas já produzidas no Brasil. Uma
das propostas é que, antes da
aprovação do BNDES, a Abimaq
dê um atestado para garantir que
a máquina a ser importada não
tenha mesmo similar nacional.
Além disso, Mello irá propor
que só sejam concedidos empréstimos a máquinas da lista de
novos ex-tarifários (sem similar
nacional) da Camex.
BONS ARES
O calor intenso de janeiro transformou itens como ventiladores e ares-condicionados em sonho de consumo. A temperatura influi diretamente no lucro de empresas da área, como a
chinesa Gree, especializada em aparelhos de ar-condicionado.
No mês passado, a companhia detectou aumento de 80% na
quantidade de aparelhos vendidos em relação a janeiro de
2005. Para o diretor da empresa no Brasil, Yue Haiping, o mês
de fevereiro também deve ser bom. "Nós sempre consultamos
a meteorologia, e a nossa previsão é a de que haverá mais crescimento", afirma. A Gree, que foi criada em 1991, está no Brasil
há oito anos e, em 2001, abriu uma fábrica em Manaus. Hoje, a
companhia asiática, que tem modelos voltados para a economia de energia, comercializa tanto produtos importados como
nacionais e tem na região Sul o seu principal mercado.
BENEFICENTE
Em três meses, o HSBC superou suas estimativas anuais para
seu cartão de crédito que reverte
uma taxa de R$ 10 por mês para a
Pastoral da Criança. Desde o início da parceria, ela emitiu 51,3
mil cartões, dos quais 31,2 mil
para titulares, que realizam a
doação. A meta era chegar a 40
mil em um ano. O valor da doação chega hoje a R$ 329 mil.
ROUPA NOVA
O setor de vestuário deve crescer 5% em 2006. A estimativa é
do Sindivest, com base nos
"bons resultados" das vendas no
final do ano passado e na previsão de um "inverno bem definido" em 2006. O setor deve enfrentar um problema, porém: o
preço e a escassez de algodão,
utilizado em mais de 60% das
roupas confeccionadas no país.
OS PREPARADOS
O Ministério do Trabalho tem
acertado parcerias para qualificar profissionais para empresas
privadas. Os investimentos são
parte do Planseq (Plano de Qualificação Setorial), presente em
51 municípios. Entre os principais projetos está o da unidade
da Embraer em Gavião Peixoto,
cidade do interior paulista com
4.000 habitantes. Cerca de 900
pessoas serão qualificadas para
trabalhar na empresa aérea, em
projeto que custa R$ 1,8 milhão
(R$ 1,1 milhão vem do FAT).
ABADÁ
Um dos principais palcos do
Carnaval de Salvador, o circuito
Osmar (Campo Grande) recebeu
investimento de R$ 2 milhões
para a festa, a partir de uma joint
venture de três empresas. Um
dos resultados é um novo espaço
de quase 6.000 m2 de área construída, a Villa Carnevalle, com
capacidade para 5.000 pessoas,
área de lazer e camarotes.
ESTRATÉGIA
O Citigroup contratou mais
três executivos do Goldman
Sachs para seu banco de investimentos. Com isso, o grupo financeiro terá "adquirido" sete
dos dez principais executivos de
fusões e aquisições do Goldman
desde agosto de 2005, quando
contratou o ex-presidente da
instituição Ricardo Lacerda para
assumir o comando do banco.
Além dos executivos, o Citigroup também está levando vários dos mandatos do Goldman,
como o da venda da Light.
CHÁ DAS CINCO
O presidente Lula e uma missão empresarial brasileira, com
integrantes da Fiesp, visitarão o
Palácio de Buckingham, em
Londres, no dia 9 de março para
um café da manhã. Na agenda, a
assinatura de um acordo de cooperação entre setores industriais
do Brasil e do Reino Unido, segundo o ministro do Comércio
do país europeu, Ian Pearson.
EM EXPANSÃO
O mercado de títulos de capitalização encerrou 2005 em
alta. As reservas do setor chegavam a R$ 10,5 bilhões no
fim do ano, alta de 15% em relação a 2004, segundo a comissão de capitalização da
Fenaseg (entidade do segmento). Já o faturamento foi
de R$ 6,9 bilhões, com alta de
4,6%. Para 2006, a expectativa
é crescer 8% no faturamento
e 12% nas reservas, na esteira
de mudanças planejadas para
desenvolver o setor, como a
adoção de nova linguagem,
mais clara e objetiva, para os
contratos dos produtos.
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