São Paulo, sexta-feira, 03 de fevereiro de 2006

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MERCADO

Papéis representam 7,5% do capital total do banco e ajudarão instituição a entrar no Novo Mercado da Bovespa

Governo quer pôr mais ações do BB na Bolsa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Tesouro Nacional, mais a Previ e o BNDES, pretendem vender parte de suas ações no Banco do Brasil. De acordo com comunicado divulgado ontem pelo BB, o objetivo é colocar no mercado um volume de papéis que representa 7,5% de seu capital total.
Segundo dados do balanço de setembro do BB, o Tesouro possuía, naquela data, 72,1% das ações do banco. Previ -o fundo de pensão dos funcionários do BB- e BNDES tinham, juntos, 19,7% dos papéis. As ações que o Tesouro pretende vender estão, hoje, na carteira do FGE (Fundo de Garantia à Exportação).
Ainda não há prazo para que a venda seja efetivada. Segundo informativo do BB à Bovespa, estão em andamento "negociações para a realização de oferta pública de ações". O objetivo, segundo o documento, é "aumentar a quantidade de ações em circulação".
Na Bovespa, os investidores reagiram bem. A ação ON (ordinário, com direito a voto) do Banco do Brasil subiu 5,07%, liderando as altas do pregão de ontem. Segundo o comunicado, não estão decididas as participações de pessoas físicas e jurídicas na oferta.
A venda das ações a investidores de outros países também não está definida: para que isso aconteça, o governo precisará também elevar o limite máximo fixado para a participação de estrangeiros no capital do BB, atualmente em 5,6%. A alteração está sendo estudada pelo Tesouro desde 2002.
Em setembro, 7,2% das ações do BB estavam em circulação no mercado -3,4% do capital do banco eram de estrangeiros.
Desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o BB tenta aumentar o volume de ações negociadas na Bovespa. O objetivo é fazer com que o banco possa ingressar no chamado Novo Mercado, segmento da Bolsa em que são negociadas ações de empresas com um nível maior de transparência nas suas gestões.
Só podem entrar nesse setor empresas com ao menos 25% de suas ações negociadas em mercado. Em 2002, o governo tentou vender parte dos papéis do BB na carteira do BNDES, mas não fechou a operação por considerar que as ofertas dos grandes investidores não eram boas o suficiente.
Naquela ocasião, havia a possibilidade de pessoas físicas usarem parte de seus saldos no FGTS para comprar as ações. A procura foi alta, mas, ainda assim, o BB optou por suspender toda a venda.


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