São Paulo, domingo, 03 de março de 2002

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PAINEL S.A.


Horizonte...
Pesquisa da FGV com 11 instituições financeiras aponta que a estimativa média para a cotação do dólar em dezembro é de R$ 2,57. A estabilidade tem motivos conhecidos: melhora do risco-Brasil e aumento na percepção de descolamento em relação ao contágio da crise da Argentina.

...nem tão...
As instituições consultadas prevêem que a taxa de juros fechará o ano em 17% -e média anual de 17,9%. Mas ninguém aposta em uma grande alta do PIB: a previsão mais otimista é de 2,6%. A mais pessimista, 2%.

...azul
Tampouco há euforia em relação à balança comercial. As estimativas em janeiro eram de superávit próximo a US$ 5 bilhões. Agora, os economistas reduziram as previsões para US$ 4,4 bilhões. Os investimentos externos devem ficar, segundo eles, em US$ 16,6 bilhões, o que financiaria 80% do déficit em conta corrente.

Quebra-cabeça
O ex-ministro José Luis Machinea, Affonso Pastore (ex-BC) e Guillermo Calvo (BID) discutirão soluções para crises de países emergentes, dia 12, em seminário do BBV, em Fortaleza, paralelo à reunião do BID.

Impulso
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial concedeu no ano passado o registro de 20.245 marcas, 12% a mais do que em 2000. Concedeu também 7.576 patentes, 15% a mais do que no ano anterior.

Benefício on-line
Na última sexta-feira, a Caixa Econômica Federal (CEF) bateu um recorde. Foram pagos 2.237.941 benefícios sociais on-line, por meio de cartão magnético, em toda a rede da CEF. A cada minuto, 3.108 brasileiros receberam um benefício.

Linha direta
Além de ligar diretamente a reunião dos governadores do BID à sede do banco, em Washington, a Telemar vai disponibilizar 509 ramais, 16 telefones públicos e duas rotas de fibra óptica, para o evento que começa dia 7, em Fortaleza.

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

Muito abaixo do necessário
O resultado do PIB brasileiro de 2001 não chama a atenção somente pela baixa expansão (de 1,5%), quase equivalente ao crescimento demográfico, que faz com que o crescimento per capita seja zero. Para Antônio Corrêa de Lacerda, da Sobeet, a vulnerabilidade do país está refletida na volatilidade do PIB trimestral: começou o ano com alta de 4,3% e fechou com queda de 0,7% no quarto trimestre. Essa situação não afeta só emprego e renda, mas também decisão de investimento produtivo. Lacerda acredita que 2002 deve apresentar quadro inverso: atividade baixa no início do ano e crescimento de 3% a 4% nos últimos trimestres - a alta total do PIB ficará entre 2% e 2,5%. "É muito aquém do necessário, que seria o dobro disso", diz Lacerda.


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