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São Paulo, segunda-feira, 03 de março de 2003

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Falta de vagas é maior nas regiões metropolitanas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Janeiro é mês em que, tradicionalmente, o desemprego cai. No primeiro janeiro do governo Lula, os números não foram animadores.
Enquanto o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) registrou um ligeiro aumento de 0,16% no número de empregos com carteira assinada no país, as pesquisas do IBGE e do Dieese mostraram aumento do desemprego.
De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego de janeiro foi de 11,2%, 0,7 ponto percentual maior do que no mês anterior. O desemprego em São Paulo atingiu 18,6%, ou cerca de 1,75 milhão de pessoas, um crescimento de 0,7 ponto percentual em relação a janeiro de 2002, segundo o Dieese.
O cruzamento das pesquisas feito pelo Ministério do Trabalho indica que o problema está concentrado nas regiões metropolitanas. Há uma divergência em relação a São Paulo: os dados do Caged não batem com os da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego).
A comparação é complicada porque as pesquisas têm metodologias diferentes, e os universos pesquisados também são diferentes.
O Caged se baseia na declaração das empresas (repassadas uma vez por mês ao Ministério do Trabalho) sobre a movimentação dos trabalhadores com carteira assinada.
A PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE pesquisa o número de pessoas que procuram trabalho nos 30 dias anteriores ao da pesquisa e não exerceram nenhum trabalho nos últimos sete dias. É o chamado desemprego aberto.
A PED mede o desemprego oculto, que leva em conta também pessoas que fizeram trabalhos não-remunerados ou não procuraram emprego nos 12 meses anteriores à pesquisa.


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