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PREÇOS
Aço mais caro e consumo alto geraram aumentos
Eletrodomésticos sobem acima da inflação; reajustes chegam a 2,2%
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Consumo em alta e aumento do
aço no mercado internacional elevaram o preço dos eletrodomésticos. A máquina de lavar roupas,
por exemplo, ficou, em média,
2,18% mais cara no mês de fevereiro. O fogão registrou uma alta
ainda maior: 2,23%, segundo dados do IGP-M (Índice Geral de
Preços do Mercado), da FGV
(Fundação Getúlio Vargas), obtidos pela Folha.
Também tiveram reajustes itens
como forno de microondas
(0,66%), ar-condicionado
(0,47%), aparelho de som
(0,98%), geladeira (0,68%) e liquidificador (0,52%) -esses dois últimos não são intensivos em aço.
A maioria desses aumentos supera a inflação média do IGP-M
-de 0,69% em fevereiro. São
também maiores do que o IPC
(Índice de Preços ao Consumidor) -0,53% no mês passado.
Há dois motivos para os reajustes, segundo a FGV: vendas de eletrodomésticos em alta, especialmente no final de 2003 -em razão do crédito mais farto com a
redução dos juros-, e aumento
do aço, utilizado na maior parte
dos produtos. De acordo com o
IBGE, o volume das vendas de
móveis e eletrodomésticos cresceu 20,89% no mês de dezembro
(último dado disponível).
Para o economista da Pontifícia
Universidade Católica do Rio
Luiz Roberto Cunha, a principal
razão para os aumentos é o preço
elevado do aço -que subiu mais
de 10% no mercado internacional. Cunha disse que o Banco
Central, ao optar por manter os
juros em 16,5%, também levou
em conta o aquecimento da demanda por bens duráveis.
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