São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2004

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PREÇOS

Aço mais caro e consumo alto geraram aumentos

Eletrodomésticos sobem acima da inflação; reajustes chegam a 2,2%

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Consumo em alta e aumento do aço no mercado internacional elevaram o preço dos eletrodomésticos. A máquina de lavar roupas, por exemplo, ficou, em média, 2,18% mais cara no mês de fevereiro. O fogão registrou uma alta ainda maior: 2,23%, segundo dados do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), da FGV (Fundação Getúlio Vargas), obtidos pela Folha.
Também tiveram reajustes itens como forno de microondas (0,66%), ar-condicionado (0,47%), aparelho de som (0,98%), geladeira (0,68%) e liquidificador (0,52%) -esses dois últimos não são intensivos em aço.
A maioria desses aumentos supera a inflação média do IGP-M -de 0,69% em fevereiro. São também maiores do que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) -0,53% no mês passado.
Há dois motivos para os reajustes, segundo a FGV: vendas de eletrodomésticos em alta, especialmente no final de 2003 -em razão do crédito mais farto com a redução dos juros-, e aumento do aço, utilizado na maior parte dos produtos. De acordo com o IBGE, o volume das vendas de móveis e eletrodomésticos cresceu 20,89% no mês de dezembro (último dado disponível).
Para o economista da Pontifícia Universidade Católica do Rio Luiz Roberto Cunha, a principal razão para os aumentos é o preço elevado do aço -que subiu mais de 10% no mercado internacional. Cunha disse que o Banco Central, ao optar por manter os juros em 16,5%, também levou em conta o aquecimento da demanda por bens duráveis.


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