São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2004

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RANKING

País fica em 53º em lista com 62 nações que analisa integração com o mundo

Brasil é pouco globalizado, diz estudo

DA REDAÇÃO

O Brasil permanece como um dos países menos globalizados do mundo. Segundo ranking elaborado pela consultoria A.T. Kearney e pela revista "Foreign Policy" com dados de 2002, divulgado ontem, o país está na 53ª posição entre os 62 analisados.
Embora tenha conquistado cinco colocações em relação ao ano anterior, o Brasil ainda ficou atrás de países mais pobres, caso dos africanos Botsuana (30º), Uganda (38º) e Nigéria (42º).
A Irlanda foi considerada a nação mais globalizada do mundo pelo terceiro ano consecutivo, seguida por Cingapura e pela Suíça. Dos dez primeiros do ranking, seis são da Europa Ocidental. Os EUA ficaram em sétimo, pela primeira vez entre os "top ten". Na última colocação ficou o Irã.
O estudo analisa quatro temas principais (que são divididos em diversos subitens): integrações econômica, tecnológica, social e política com o resto do mundo.
A consultoria diz que os países mais globalizados são os que têm menor corrupção, melhor distribuição de renda, sistemas políticos mais abrangentes e melhores registros de proteção ambiental.
"O Brasil aumentou sua participação em acessos à internet, mas ainda apresenta deficiências nas áreas de integração econômica e conectividade pessoal, como viagens ao exterior e contatos telefônicos", cita a A.T. Kearney.
No item integração econômica, o país obteve seu melhor desempenho e ficou em 40º lugar. Mas ficou à frente apenas do Irã e da Indonésia no relacionamento pessoal, que engloba as viagens internacionais, o tráfego de ligações telefônicas e as transferências pessoais, por exemplo.
A A.T. Kearney e a "Foreign Policy" destacam que a integração econômica mundial atingiu seu menor nível desde 1998 devido às quedas no IDE (Investimento Direto Estrangeiro) e no fluxo de capitais. O IDE global diminuiu 21% em 2002, para US$ 651 bilhões.
Já a integração tecnológica contribuiu para acelerar a globalização. O número de usuários de internet subiu 130 milhões em 2002, para 620 milhões, o que representava 9,9% da população mundial, ante 8,1% no ano anterior.
Os 62 países do estudo respondem, segundo a consultoria e a revista norte-americanas, por 96% de um hipotético PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas) mundial e por 84% da população global.


Com a Folha Online

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