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RANKING
País fica em 53º em lista com 62 nações que analisa integração com o mundo
Brasil é pouco globalizado, diz estudo
DA REDAÇÃO
O Brasil permanece como um
dos países menos globalizados do
mundo. Segundo ranking elaborado pela consultoria A.T. Kearney e pela revista "Foreign Policy"
com dados de 2002, divulgado
ontem, o país está na 53ª posição
entre os 62 analisados.
Embora tenha conquistado cinco colocações em relação ao ano
anterior, o Brasil ainda ficou atrás
de países mais pobres, caso dos
africanos Botsuana (30º), Uganda
(38º) e Nigéria (42º).
A Irlanda foi considerada a nação mais globalizada do mundo
pelo terceiro ano consecutivo, seguida por Cingapura e pela Suíça.
Dos dez primeiros do ranking,
seis são da Europa Ocidental. Os
EUA ficaram em sétimo, pela primeira vez entre os "top ten". Na
última colocação ficou o Irã.
O estudo analisa quatro temas
principais (que são divididos em
diversos subitens): integrações
econômica, tecnológica, social e
política com o resto do mundo.
A consultoria diz que os países
mais globalizados são os que têm
menor corrupção, melhor distribuição de renda, sistemas políticos mais abrangentes e melhores
registros de proteção ambiental.
"O Brasil aumentou sua participação em acessos à internet, mas
ainda apresenta deficiências nas
áreas de integração econômica e
conectividade pessoal, como viagens ao exterior e contatos telefônicos", cita a A.T. Kearney.
No item integração econômica,
o país obteve seu melhor desempenho e ficou em 40º lugar. Mas
ficou à frente apenas do Irã e da
Indonésia no relacionamento
pessoal, que engloba as viagens
internacionais, o tráfego de ligações telefônicas e as transferências pessoais, por exemplo.
A A.T. Kearney e a "Foreign Policy" destacam que a integração
econômica mundial atingiu seu
menor nível desde 1998 devido às
quedas no IDE (Investimento Direto Estrangeiro) e no fluxo de capitais. O IDE global diminuiu 21%
em 2002, para US$ 651 bilhões.
Já a integração tecnológica contribuiu para acelerar a globalização. O número de usuários de internet subiu 130 milhões em 2002,
para 620 milhões, o que representava 9,9% da população mundial,
ante 8,1% no ano anterior.
Os 62 países do estudo respondem, segundo a consultoria e a revista norte-americanas, por 96%
de um hipotético PIB (Produto
Interno Bruto, soma de todas as
riquezas produzidas) mundial e
por 84% da população global.
Com a Folha Online
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