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PARCERIA
Montante virá até 2010
Petrobras investirá US$ 3,275 bi em SP
JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Até 2010, o Estado de São Paulo
receberá US$ 3,275 bilhões (R$
8,65 bilhões) para investimentos
em refinarias e gasodutos.
O anúncio foi feito ontem pelo
diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em
reunião com o governador paulista, Geraldo Alckmin, no Palácio
dos Bandeirantes. Com isso, técnicos da petrolífera calculam que
100 mil postos de trabalho permanentes devem ser criados.
Os US$ 3,275 bilhões incluem
recursos de parcerias da Petrobras com outras empresas, como
a Braskem e a Petroquímica
União. Além disso, o valor engloba US$ 315 milhões (R$ 832 milhões) destinados à construção de
dutos que permitirão escoar álcool produzido no interior do Estado para exportação.
"Com a assinatura do Protocolo
de Kyoto, temos uma grande
oportunidade de exportação de
etanol", observou Alckmin. "São
Paulo conta com o maior canavial
do mundo, somos o maior produtor mundial de açúcar e álcool.
Para poder exportar, precisamos
ter logística de transporte."
Hoje, existe um alcooduto que
liga Paulínia ao porto de São Sebastião (SP), com capacidade para transportar 4 bilhões de litros.
A intenção do governo e da Petrobras é dobrar esse número. Dentre as idéias debatidas no encontro de ontem está construir um
novo duto no trecho Conchas-Paulínia, de olho no aproveitamento da hidrovia Tietê-Paraná e
na produção da região oeste de
São Paulo, de Minas Gerais e de
Goiás. A segunda é erguer a obra
em Sertãozinho, cidade próxima
a Ribeirão Preto.
Do total a ser investido pela petrolífera, US$ 2,14 bilhões (R$ 5,65
bilhões) ficarão com as refinarias
de São Paulo: Replan, na cidade
de Paulínia; Revap, em São José
dos Campos; Recap, situada em
Capuava, e RPBC, de Cubatão.
Outros US$ 603 milhões (R$ 1,6
bilhão) seguem para a Transpetro, subsidiária da Petrobras que
cuida da área de logística. O objetivo é a modernização e a reorganização da malha. E US$ 360 milhões (R$ 950 milhões) serão repassados à BR Distribuidora.
O diretor de Abastecimento da
Petrobras comemorou a decisão
de efetivar investimentos. "O dia
de hoje será uma pedra fundamental para o que vamos construir no Estado até 2010", disse.
Para o secretário-executivo de
Desenvolvimento Econômico
paulista, Luigi Bianchi, é fácil
compreender os motivos que levaram a estatal a fazer uma derrama de recursos no Estado. "São
Paulo é o maior mercado da Petrobras, abriga 50% do refino nacional", disse ele. De acordo com
Bianchi, os 100 mil empregos pretendidos deverão ser superados
no período até 2010. "Onde há refinarias, haverá postos fixos, industriais. Mas o equipamento
consumido em Paulínia, por
exemplo, é produzido em outras
regiões do Estado. O incremento
da economia acabará geral."
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