PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Para ingressar no mercado de produção de álcool e outros combustíveis renováveis, a Petrobras tem reservados US$ 4,5 bilhões até 2013. Os recursos são para compra e construção de usinas de etanol e biodiesel e instalação de um duto exclusivo para transporte de etanol.
A maior parte do investimento foi alocada no aumento da produção de álcool -US$ 2,4 bilhões. A estatal já comunicou interesse de construir ao menos oito usinas até 2013.
Existe ainda a intenção de comprar unidades já em operação, e estão nos planos da companhia ao menos mais oito usinas, que vão consumir investimentos de US$ 1,7 bilhão -cifra reservada no plano de negócios da empresa.
A companhia deve ainda comprar ou instalar novas unidades de produção de etanol na Colômbia e destinou US$ 200 milhões para tal objetivo.
Se obtiver sucesso em todos esses planos, a produção de etanol da companhia vai subir de 339 milhões de litros/ano em 2009 para 3,9 bilhões de litros em 2013 -mais do que os 3 bilhões de litros que a Cosan, líder de mercado, possui hoje.
Além do crescimento da produção, a Petrobras investe na construção de um "alcoolduto", com valor estimado em cerca de US$ 400 milhões, ligando regiões produtoras no Centro-Oeste a São Paulo, maior mercado do país e alternativa à exportação pelo porto de Santos.
A Petrobras também reservou US$ 530 milhões para pesquisa e desenvolvimento em energias renováveis em geral. Entre os principais projetos está a produção de álcool a partir de celulose, que pode reduzir custos.
Internamente, executivos avaliam ser necessário ingressar pesado no mercado de álcool, que substitui cada vez mais rápido o consumo de gasolina. O aumento atual da demanda por gasolina deve durar só até abril, creem executivos da estatal, quando vai começar a safra de cana.
A avaliação interna é que, só com a construção de usinas, a empresa não conseguirá escala para competir. Por isso, há a necessidade de aquisições.


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