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outro lado
Rede não fala; Everardo nega irregularidade
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A matriz do McDonald"s
nos Estados Unidos, por
meio de sua assessoria no
Brasil, informou que não iria
comentar as declarações dos
ex-executivos da empresa à
Justiça do Trabalho.
"Em respeito à relação de
confiança que mantém com
seu quadro de profissionais,
a companhia não se pronuncia sobre assuntos ligados a
seus funcionários e ex-funcionários e considera inapropriado comentar sobre assuntos que estejam sendo
discutidos na esfera judicial."
A empresa ressaltou, contudo, que tem colaborado
com as investigações das autoridades brasileiras.
Everardo
O ex-secretário da Receita
Everardo Maciel afirmou
que todos os atos administrativos por ele assinados, incluindo o que trata da dedução de royalties, foram completamente legais.
No caso do Ato Declaratório Interpretativo 2/2002,
que foi comemorado pelo então vice-presidente-executivo do McDonald"s, Jadir de
Araújo, o ex-secretário disse
que não houve nenhuma
mudança na legislação. Portanto, acrescentou ele, não
beneficiou nem a empresa
nem seus franqueados.
"O ato foi apenas para ratificar portaria do ministro da
Fazenda, que estabelecia os
limites de dedução de royalties", disse.
Everardo citou nota do
presidente da ABF (Associação Brasileira de Franchising), Antônio Acioli, na qual
ele diz que o ato não beneficiou os franqueados.
O ex-secretário não quis
comentar a demissão dos ex-auditores Sandro Martins e
Paulo Baltazar, alegando não
ter tomado conhecimento
dos fundamentos que basearam a decisão do ministro
Guido Mantega (Fazenda).
Com relação às duas ações
nas quais o Ministério Público o acusou de improbidade
administrativa, ele disse que
em uma (caso Fiat) ganhou
em primeira e segunda instâncias. Na outra, ele disse
ter obtido nulidade da ação e
que o caso começou do zero,
já tendo o Superior Tribunal
de Justiça entendido inicialmente que está prescrito, faltando, contudo, uma sentença nesse sentido.
A Receita Federal, por
meio de sua assessoria, informou que "a apuração de
eventual desvio de conduta,
respeitado o devido processo
legal, demonstra o zelo que a
Secretaria da Receita Federal do Brasil tem com a coisa
pública".
Questionada pela Folha, a
assessoria destacou que a demissão dos dois auditores
não fere a imagem do órgão
nem constrange o secretário
Jorge Rachid, pois "é reflexo
de um trabalho atuante e independente realizado pela
área de correição da Secretaria da Receita Federal do
Brasil".
A Folha não conseguiu localizar Sandro Martins e
Paulo Baltazar.
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