São Paulo, quarta-feira, 03 de julho de 2002

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Roupa nova não vai ter repasse do câmbio

CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL

A alta do dólar não vai ter impacto nos preços de vestuário para o consumidor final. Essa é a avaliação do presidente da Abravest (Associação Brasileira da Indústria do Vestuário), Roberto Chadad.
Segundo Chadad, as importações de matérias-primas para o setor têxtil foram efetuadas antes da disparada do dólar. Por isso, não há motivo para a elevação dos preços das peças da coleção primavera-verão, em exibição desde ontem na Texbrasil Fenit (Feira Internacional da Indústria Têxtil).
De acordo com dados da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), as exportações em 2001 geraram US$ 1,3 bilhão.
Para este ano, a previsão é manter o faturamento com as vendas externas no mesmo patamar. Para compensar a retração de 77,5% no volume de exportações para a Argentina, o setor busca ampliação da participação nos mercados norte-americano, europeu e latino-americano.
Porém, segundo o presidente da Abit, Paulo Skaf, até o final do ano o setor têxtil vai acumular um superávit de US$ 200 milhões.
A diminuição da importação de matérias-primas como fibras e filamentos é apontada como a principal para o saldo positivo na balança comercial da indústria de produtos têxteis.
Em relação ao faturamento total do setor, no ano passado foram movimentados US$ 22 bilhões. Neste ano a previsão é de crescimento em torno de 3%.
Mas a concretização dessa meta depende de desempenho positivo do varejo. As fábricas apostam nos lançamentos das peças de primavera-verão, que representam cerca 80% do faturamento.
Nesta edição da Fenit, porém, o foco das atenções está no incentivo às exportações da área têxtil. Durante a Fenit, estão previstas rodadas de negócios entre compradores internacionais e representantes de confecções brasileiras. A meta é gerar negócios em torno de US$ 60 milhões nos quatro dias do evento.
Além da Fenit, a Texbrasil Fenatec (Feira Internacional da Tecelagem) e o SIM (Salão Internacional de Moda) compõem o leque de eventos dedicados ao setor que acontecem em São Paulo.
As três feiras, que são exclusivas para profissionais do setor, esperam atrair cerca de 50 mil visitantes e gerar negócios correspondentes a dois meses de faturamento das empresas.
Paralelamente a esses eventos, ocorre o Salão Infanto-Juvenil e Bebê. Metade dos expositores pertencem ao segmento de moda.


SAIBA MAIS: Texbrasil Fenit, Fenatec, SIM: Pavilhão de Exposições do Anhembi, até sexta; das 10h às 19h; entrada franca (mediante comprovação de vínculo com o setor).


SAIBA MAIS: Salão Infanto-Juvenil e Bebê 2002: Pavilhão Azul do Expo Center Norte , até amanhã; 10h às 20h; entrada franca (mediante comprovação de vínculo com o setor).


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