São Paulo, sábado, 03 de julho de 2004 |
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PAINEL S.A. Linha especial Carlos Lessa (BNDES) propôs às diretorias da ANJ (associação de jornais) e da Aner (associação de revistas) a criação de uma linha especial de capital de giro para jornais e revistas com o objetivo de financiar a compra de papel de imprensa. A proposta foi apresentada na quinta, em Brasília, no gabinete do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). Exigência Lessa impôs, no entanto, uma condição para liberar o dinheiro. O empréstimo seria atrelado à geração de empregos. Para terem acesso aos recursos, as empresas terão de apresentar uma proposta de criação de novas vagas. A ANJ e a Aner se reúnem na semana que vem para se manifestar sobre a proposta e a exigência de Lessa. Capítulo à parte A nova linha de capital de giro sugerida por Lessa não faz parte do Pró-Mídia, o programa de socorro à mídia do BNDES. O Pró-Mídia ainda depende de uma manifestação do Senado. A nova linha seria um capítulo especial de um programa amplo de empréstimo de capital de giro que deverá ser lançado em breve pelo BNDES. Cautela Procurados pela Folha, os dirigentes da ANJ preferiram não se pronunciar, e os da Aner não foram encontrados. Osso por osso Octávio Azevedo, presidente do conselho de administração da Telemar, irá ouvir, na segunda-feira, a proposta de Eunício Oliveira (Comunicações) para não ser aplicado de uma só vez o reajuste de 17% na conta telefônica, mas já tem uma resposta. Azevedo dirá que a lei tem de ser cumprida. "Nós pretendemos defender o respeito ao contrato", diz Azevedo. As empresas de telefonia não estão dispostas a reduzir o resíduo. Na tela 1 Pela primeira vez, nos últimos cinco anos, começa a mudar, ainda que de forma lenta, o perfil do consumidor de aparelhos de TV no Brasil. As telas entre 14 e 21 polegadas, que respondiam por 85% das vendas no mercado interno, representaram, nos primeiros quatro meses, 80%. A faixa que mais cresceu foi a de 21 polegadas até 29. Na tela 2 Segundo Paulo Saab, presidente da Eletros, o crescimento das vendas dos DVDs e o lançamento de novos modelos têm estimulado o consumidor a procurar aparelhos de tela maior. A tela convencional (cinescópio) ainda responde por 91% das vendas internas. Viagem ao fundo do mar Georges Kern, CEO da marca de relógios suíça IWC, desembarca em São Paulo na segunda para apresentar a nova linha de relógios mergulho da marca, a Aquatimer. Um dos modelos da coleção presta homenagem ao oceanógrafo francês Jacques Cousteau e possui tiragem limitada de apenas 1953 exemplares. Homenagem David Feffer, presidente do Grupo Suzano, recebe na segunda, na Bolsa de Valores de São Paulo, o diploma Bem-Sucedidos 2004, promovido há 15 anos pela revista Banco Hoje em parceria com entidades do mercado. O homenageado especial do ano é Henrique Meirelles, presidente do Banco Central. E-mail - guilherme.barros@uol.com.br ANÁLISE Balde de água fria
A decisão do STJ de limitar a
capacidade da instituição financeira credora a realizar desconto
diretamente em folha de pagamento é um balde de água fria
nas esperanças de que essa modalidade de crédito pudesse ter
garantias mais seguras para os
credores do que o crédito pessoal normal, segundo o ex-BC
Gustavo Loyola, sócio da Tendências. De acordo com Loyola,
"a decisão já era esperada e surpreendeu apenas aqueles mais
ingênuos que acreditavam que
medidas isoladas pudessem ter
o condão de reverter a natureza
intrinsecamente favorável aos
trabalhadores e aos devedores
da legislação e do processo judicial brasileiros". Loyola diz que
o grande problema das operações com consignação em folha
é o fato de não fortalecer as garantias da operação de crédito.
A decisão do STJ, segundo Loyola, expõe a fragilidade do crédito com desconto em folha. Gustavo Loyola, Tendências NÚMEROS R$ 213,46 É o valor da cesta básica dos paulistanos nesta semana, diz pesquisa do Procon/Dieese. 15% É a alta nas exportações de calçados no primeiro semestre deste ano, diz pesquisa da Abicalçados. Próximo Texto: Criação de empregos desacelera nos EUA Índice |
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