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Semana deve ser menos volátil para os mercados
Feriado em NY deve trazer esvaziamento em pregões
DA REPORTAGEM LOCAL
Passada a tão aguardada reunião do Fed (o banco central
dos EUA), esta semana tende a
ser menos volátil nos mercados
financeiros do mundo.
Na quinta-feira passada, o
Fed anunciou a elevação dos juros norte-americanas de 5%
para 5,25%, como era amplamente esperado pelos investidores e analistas. Foi a 17ª alta
seguida de juros nos Estados
Unidos.
Devido ao feriado que fechará o mercado norte-americano
amanhã, a tendência -considerando que não há dados econômicos de peso a serem divulgados- é a de que hoje os pregões sejam relativamente tranqüilos nas diferentes praças financeiras.
"O feriado em Nova York traz
esvaziamento do mercado no
início da semana, permitindo
tranqüilidade no mercado interno, já que não há dados relevantes para serem divulgados.
Porém, o mercado reaquece a
partir da quarta-feira, com a divulgação da produção industrial, com o IPCA, na quinta, e
com os dados do mercado de
trabalho nos EUA, na sexta",
afirma Kelly Trentin, analista
da corretora SLW.
Foi após a reunião anterior
do Fed, realizada no dia 10 de
maio, que o mercado financeiro
global entrou na atual fase de
turbulências. Após aquele encontro do Fed, a instituição
americana mostrou grandes
preocupações com a evolução
dos índices de inflação no país,
além de ter dúvidas quanto ao
aquecimento econômico norte-americano.
Isso fez com que analistas e
investidores começassem a temer que os juros americanos
subissem ainda por longo período.
Quem mais sofreu com o processo de turbulências, dentre
os países emergentes, foi a Turquia. O banco central do país se
viu obrigado a subir por duas
vezes, apenas no mês de junho,
a taxa de juros do país.
A atitude teve como finalidade tentar estancar a fuga de recursos estrangeiros do mercado turco, além de buscar evitar
a continuidade da depreciação
cambial e a conseqüente alta da
inflação.
Na semana passada, a agência internacional de classificação de risco Standard & Poor's,
considerada uma das mais importantes do mundo, anunciou
a revisão da perspectiva para a
nota da Turquia de "positiva"
para "estável".
Isso significa que tão cedo o
país não terá sua nota de risco
(chamada de "rating") elevada.
Nota maior
Para o Brasil, houve uma boa
notícia na semana passada. A
agência de classificação Fitch
Ratings decidiu elevar, em
meio à turbulência dos últimos
dias, o "rating" atribuído ao
Brasil.
Agora o Brasil está apenas a
dois degraus do chamado "investment grade", que é a nota
dada a países que têm poucos
riscos de darem calote. Quem
atinge o "investment grade"
passa a conseguir com maior
facilidade e a menores custos
empréstimos no mercado internacional.
A nota soberana do Brasil, na
escala da Fitch, foi elevada de
"BB-" para "BB".
Na semana passada, como sinal de que a onda de turbulência está menos pesada, a Bolsa
de Valores de São Paulo conseguiu acumular valorização de
5,68%.
"A sinalização de que o aperto monetário dos Estados Unidos pode estar perto do fim deu
novo ânimo na semana passada
aos investidores. Apesar da recuperação, o mercado local deve permanecer na dependência
dos mercados internacionais
no curto prazo, sempre com o
foco nos próximos passos do
Fed", avaliam os analistas da
Link Corretora.
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