Papéis de dívida da empresa rendem juros ao investidor

TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Começa hoje e vai até o dia 23 o período de reserva para os investidores que pretendem comprar a segunda leva de debêntures (papéis de dívida privada que rendem juros) da BNDESpar, empresa de participações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O investimento mínimo é de R$ 1.000, e o máximo, de R$ 500 mil.
Os papéis são uma opção para as pessoas avessas ao risco da Bolsa, mas que não abrem mão de faturar um juro relativamente alto no mercado -o que deve ficar cada vez mais raro nos próximos anos.
A expectativa é que esses papéis saiam com um retorno anual prefixado entre 10,5% e 11,5% -quanto maior a procura, menor o juro. O papel prefixado tem vencimento em 1º de janeiro de 2011 e o investidor recebe o retorno no final do investimento. A taxa Selic, que referencia o CDI, está hoje em 12% ao ano, mas deve cair para 10,75% até o final deste ano.
Quem não pretende ficar com o título até o vencimento poderá vendê-lo a outro investidor por meio do Bovespa Fix ou da CetipNet, o chamado mercado secundário. No caso, o papel sairá com um deságio que refletirá o juro parcial aferido no momento da venda.
Além do papel prefixado, o BNDES vai oferecer também títulos indexados ao IPCA, o índice oficial da meta de inflação no Brasil. Para esses papéis, a previsão do mercado é que fique com taxa de 6% ao ano mais a inflação. O vencimento é em 15 de agosto de 2013. Outra diferença em relação ao papel prefixado é que ele pagará juros anuais a partir de 2009, sempre em 15 de agosto.
"É um bom negócio para quem não quer correr o risco da Bolsa. Vai concorrer com os títulos do governo oferecidos pelo Tesouro Direto", disse Paulo Eduardo de Souza Sampaio, superintendente da Andima.
Dependendo da demanda, o BNDES pode ampliar a oferta em até 35%, o que levaria à venda de R$ 1,35 bilhão.
Dessa forma, os juros não ficarão muito baixos e não haverá rateio entre os investidores. Do total oferecido, o BNDES reservou 35% para pequenos investidores pessoas físicas.


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