São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2008

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Bird vê "zona perigosa" para a economia

DA REDAÇÃO

O presidente do Bird (Banco Mundial), o americano Robert Zoellick, disse que a economia mundial está "entrando em zona perigosa", com o aumento nos preços dos alimentos e do petróleo.
"O que nós estamos presenciando não é um desastre natural, como um tsunami silencioso ou uma tempestade perfeita. É uma catástrofe feita pela mão do homem e, assim, deve ser consertada pelas pessoas", disse Zoel- lick, em carta endereçada aos líderes do G8 (os sete países mais ricos do mundo mais a Rússia), que se reúnem no final de semana no Japão.
As Nações Unidas chamaram recentemente a crise atual de um tsunami silencioso porque ela está se movendo em torno do globo e não se sabe exatamente onde e quem está atingindo.
"Eu peço ao G8 que, ao lado dos grandes produtores de petróleo, aja agora para resolver a crise. Esse é um teste para o sistema global de ajuda aos mais vulneráveis e ele não se pode dar ao luxo de falhar", escreveu o dirigente.
Na carta, o presidente do Bird pede que o G8 estude duas medidas para "melhorar a capacidade mundial de lidar com a atual crise alimentar": garantir uma parte do financiamento do Programa Mundial de Alimentos e estudar a possibilidade de um sistema internacional coordenado "virtualmente" de uma reserva humanitária estratégica para emergências alimentares.
Zoellick disse que a crise está tão alastrada que o Banco Mundial já forneceu US$ 200 milhões para 12 países nos últimos meses e que outros 31 fizeram pedidos que somam US$ 400 milhões.
De acordo com o Banco Mundial, o aumento dos preços de alimentos, do petróleo e outras commodities, desde janeiro do ano passado, tem um impacto negativo entre 3% e 10% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por uma nação) em 41 países.


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