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RETOMADA
Vendas e arrecadação sobem
Comércio sustenta recuperação em julho
MAELI PRADO
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
Alguns indicadores utilizados
para medir o pulso da economia
mostram que a recuperação da
indústria e do comércio continuou também em julho.
As vendas de automóveis, de
embalagens de papelão e do comércio de São Paulo, assim como
a arrecadação de impostos do Estado de São Paulo, voltaram a
crescer no mês passado.
A receita tributária estadual, segundo dados divulgados ontem
pela Secretaria da Fazenda, subiu
4,1% em julho em relação ao mesmo mês de 2003 (descontada a inflação) e 0,2% sobre junho.
Para evitar distorções, essas variações não levam em conta a arrecadação com as anistias concedidas em 2002 e 2003, que têm um
efeito positivo nos números, e a
receita com impostos sobre importações, que caiu 10,9% em julho ante junho, devido à valorização do real em relação ao dólar.
Se esses dados forem incluídos,
a arrecadação com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) -que representou em julho 92,1% do total arrecadado- sobe 6% na comparação com o mesmo mês de 2003
e cai 2,4% em relação a junho.
As vendas de carros, segundo
dados da Fenabrave (federação
que reúne os distribuidores de automóveis), cresceram 2,48% no
mês passado em relação a junho e
18,24% ante julho de 2003.
A recuperação também se manteve no comércio de São Paulo.
Em julho, as consultas ao SPC
(Serviço de Proteção ao Crédito)
da Associação Comercial de São
Paulo, indicador das vendas a
prazo, subiram 6,9% sobre igual
mês de 2003. As consultas ao Usecheque, que mede as vendas à vista, aumentaram 4,7% no período.
Emílio Alfieri, economista da
associação, diz que a criação de
vagas no comércio, na indústria e
no setor de serviços em junho teve reflexo positivo no consumo.
De janeiro a julho, as consultas
ao SPC subiram 7% sobre igual
período do ano passado. Ao Usecheque, 1,7%. Alfieri lembra que
os números também são positivos porque a comparação é com
período fraco de vendas (2003) e
que o comércio de São Paulo ainda vende menos do que em 2002.
Na comparação com junho, julho também foi melhor. As vendas a prazo subiram 11,5% e, à vista, 10%. Nos últimos três anos, na
média, as vendas a prazo subiram
10,9% em julho sobre junho e, à
vista, 6,9%.
Outro indicador positivo, segundo a associação, é o aumento
do cancelamento de carnês em
atraso: subiu 11,3% sobre julho do
ano passado e 11,4% sobre junho.
A recuperação do consumo e,
conseqüentemente, da produção
foi constatada pela ABPO, associação dos fabricantes de papelão
ondulado, embalagem utilizada
por vários setores da indústria.
Segundo dados preliminares obtidas pela ABPO nas indústrias, as
vendas em julho foram maiores
que as de igual mês de 2003.
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