São Paulo, sexta-feira, 03 de setembro de 2004

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Em Pequim
Podem estar mais próximos os acertos entre Brasil e China na comercialização de soja para as próximas safras. O Ministério da Agricultura já analisou e aprovou documento a ser entregue aos chineses pela embaixada brasileira em Pequim. Os brasileiros querem acertar os ponteiros para evitar os dissabores deste ano.

Outra pendência
Indústrias e exportadores de soja participam hoje, em Brasília, de reunião com uma missão chinesa da Administração Estatal de Grãos daquele país. Não é o local ideal, mas a nova barreira imposta pelos chineses -a exigência de redução do solvente hexano no óleo de soja bruto degomado- deverá entrar nas discussões. Essa barreira é de responsabilidade da Agência de Quarentena.

Soja destruidora
Para a ONG ambientalista WWF, a expansão da soja na América Latina, principalmente no Brasil, avança pelas florestas e ameaça de extinção vários animais. Até 2020, a produção mundial da oleaginosa deverá subir 60%, diz a WWF.

Não é bem assim
Produtores contestam a ONG e afirmam que o avanço da soja não ocorre em áreas de florestas, mas em terras degradadas. Na avaliação desses produtores, o Brasil ainda tem muita terra a ser incorporada à produção sem necessidade de avançar sobre florestas.

Quanto vale
A saca de soja vai valer US$ 13,05 em março de 2005 no Brasil. É o que mostram as operações futuras da BM&F, que agora passa a cotar o produto em dólares por saca.

Greening
A "morte súbita" deixou de ser a maior preocupação dos citricultores, diz Carlos Arthur Ortenblad, da Fazenda Água Milagrosa (Tabapuã/SP). O greening é bem mais perigoso. O vetor da infecção é mais letal, ataca todas as variedades de cítricos, ocorre no centro do Estado de SP -o que aumenta o risco de disseminação- e é um psilídeo minúsculo (2 a 5 mm de comprimento), que penetra também nos viveiros com tela.

Custos elevados

A alta dos custos de produção deste ano será de 15% a 20% para o produtor, segundo Ivan Wedekin, do Mapa, que participou ontem de seminário da Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio sobre a safra 2004/5.

Custo ganha
Os custos superaram os preços do frango vivo em agosto, diz o analista José Carlos Teixeira. Enquanto o custo foi de R$ 1,53 por quilo, as vendas renderam R$ 1,52.

Queda nos preços
Expectativas de elevação nos estoques mundiais e importações menores da China continuam derrubando os preços do algodão. Em janeiro, o produto de qualidade era cotado a 75 centavos de dólar por libra-peso. No mês passado, recuou para 52 centavos.

Syngenta no algodão
A suíça Syngenta lança em 2005, nos EUA, um novo produto para tratamento de sementes de algodão, segundo a Newswire. É a combinação de três fungicidas. Brasileiros e australianos terão de esperar mais pelo produto.

E-mail: mzafalon@folhasp.com.br


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