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Reunião do Copom marca a semana mais curta
Mercado espera que os juros caiam ao menos 0,25 ponto
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana mais curta dará
menos oportunidades para os
mercados financeiros sofrerem
grandes oscilações. Hoje é feriado nos Estados Unidos, pelo
Dia do Trabalho. No Brasil, na
sexta-feira, será comemorado o
feriado pelo Dia da Independência.
Devido ao feriado norte-americano, os mercados brasileiros devem ter um dia morno
hoje, por perderem sua principal referência. O feriado também deve acabar por diminuir
as operações dos estrangeiros
na Bolsa de Valores de São Paulo, onde respondem por cerca
de 35% dos negócios.
A agenda de eventos econômicos da semana será mais intensa na quarta-feira. Nesse
dia, será conhecido nos Estados
Unidos o livro bege, que é uma
compilação de dados da economia norte-americana feita periodicamente pelo Fed (o banco central dos EUA).
Ainda na quarta, o Copom
(Comitê de Política Monetária
do Banco Central brasileiro) irá
definir a nova taxa básica de juros da economia, a Selic, que está em 11,5%. A opinião que prevalece entre analistas e investidores é a de que a taxa será reduzida novamente, mas em
0,25 ponto percentual.
Se a decisão do Copom for a
de manter a taxa inalterada, a
Bovespa pode perder forças
neste momento de recuperação. Para o mercado acionário,
juros menores são sempre mais
interessantes, pois estimulam
os investidores a arriscarem
mais e aplicarem em ações.
"Nesta semana, que será curta, serão divulgados importantes indicadores da atividade
norte-americana. No Brasil, as
atenções deverão se concentrar
na divulgação da decisão do Copom na quarta-feira", aponta a
corretora Coinvalores.
"Acreditamos que a agenda
americana será acompanhada
de perto pelos agentes econômicos neste início de mês, para
poderem identificar os possíveis impactos das turbulências
dos mercados na atividade econômica", avalia.
Dados dos EUA
Alguns importantes dados do
setor imobiliário dos EUA vão
ser divulgados nos próximos
dias. Na quarta, a MBA (associação que representa os bancos de financiamento imobiliário nos Estados Unidos) vai
apresentar os dados sobre as
solicitações de empréstimos
imobiliários até o dia 31 de
agosto. No mesmo dia, será
apresentado o último levantamento sobre as vendas de casas
usadas nos EUA.
Na última semana de julho, o
setor de crédito habitacional
norte-americano de alto risco
passou a enfrentar problemas
de solvência. Com medo de que
a crise se espalhasse, afetando o
sistema financeiro e, conseqüentemente, o desempenho
da economia real, os investidores venderam ações e derrubaram as Bolsas.
O presidente do Fed, Ben
Bernanke, tem dito que a autoridade monetária americana
fará o que puder para evitar que
a crise imobiliária afete a economia real. Com isso, boa parte
do mercado passou a apostar
na redução na taxa básica de juros dos Estados Unidos, que está em 5,25% anuais. A próxima
reunião do Fed, que definirá os
juros do país, está marcada para o dia 18 deste mês.
Na quinta-feira, o BCE (Banco Central Europeu) vai se reunir para decidir a taxa básica de
juros da região.
Já o mercado brasileiro vai
conhecer na quinta-feira o resultado do IPCA de agosto.
A expectativa é que a taxa fique em torno de 0,48%. O IPCA
é a taxa usada pelo BC para monitorar a meta oficial de inflação. Se a meta não estiver sendo ameaçada, crescem as possibilidades de a taxa básica de juros seguir em rota de queda.
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