São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2003 |
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PAINEL S.A. Data marcada A euforia da indústria automobilística tem data para terminar. Se o governo não renovar o acordo que permite, até o final de novembro, isenção de até três pontos percentuais no IPI, o mês de dezembro e o começo do próximo ano serão muito fracos em vendas, avalia Sérgio Habib, presidente da Citröen. Questão de humor Em setembro, as montadoras bateram o recorde de vendas no ano, com 118,3 mil unidades comercializadas. Habib acredita que neste mês os resultados serão melhores porque outubro tem um dia útil a mais. Além do IPI, afirma, os consumidores foram motivados pela queda dos juros e a perspectiva de melhora no cenário macroeconômico. Efeito O fim da redução de IPI significaria um aumento médio nos preços entre 3% e 4%. Para Habib, em um cenário de juros menores, esse é um reajuste intolerável para os consumidores. A Citröen, diz ele, fechará o ano com queda de 3% nas vendas, contra a média de 10% no mercado. Por ora, as montadoras asseguram que não iniciaram lobby no governo. Concorrência A Dettal-Part, proprietária da marca Dolly, enviou anteontem carta à SDE (Secretaria de Direito Econômico) em que solicita ser admitida, como assistente da empresa Ragi, no requerimento com denúncias contra a Coca-Cola. Bê-á-bá Com a medida, Laerte Codonho, dono da Dettal-Part e que acusara a Coca-Cola de práticas desleais para tirar a marca Dolly do mercado de refrigerantes, passará a constar no processo administrativo. A denúncia original fora assinada apenas por Júlio César Mazzi, proprietário da Ragi, a empresa autorizada a fabricar o guaraná Dolly. Poço No informe conjuntural que a CNI divulgará hoje, um dos setores que registraram pior desempenho foi o da construção civil. No segundo trimestre, o nível da produção situou-se 11% abaixo do registrado em igual período de 2002. Fora do rodízio A CVM decidirá nos próximos dias se a Deloitte irá ou não se submeter ao rodízio de auditorias, que valerá a partir de maio de 2004. Com o rodízio, todas as auditorias serão obrigadas a abrir mão de seus clientes. A Deloitte quer que fiquem de fora do rodízio os clientes que recebeu da Andersen. Novo investimento Já está tudo certo entre duas gigantes brasileiras para a construção de uma nova fábrica de lata de aço para bebidas. Só falta escolher o local onde ficará a nova planta. Promoção Tito Martins, atual diretor financeiro corporativo da Vale do Rio Doce, será o novo presidente da Caemi. O anúncio deve ser feito hoje por Roger Agnelli, presidente da Vale. Duas vias Mário Mugnaini (Camex) diz que a próxima reunião da Alca, em novembro, deve catalisar as reflexões sobre duas alternativas. A da ""Alca possível", que entraria em vigor em 2005, ou a de uma Alca mais abrangente, mas sem data definida. E-mail - guilherme.barros@uol.com.br ANÁLISE Recuperação sustentada
Dois fatores deverão ser essenciais para que se consolide o
processo de recuperação da Bolsa. Alexandre Bassoli, economista-chefe do HSBC, avalia que
a alta nos últimos dias em parte
foi motivada porque entre os investidores se disseminou a percepção de que o crescimento da
economia é de fato crível. O segundo aspecto é o aceno do governo de que haverá definições
no marco regulatório de alguns
setores. ""Isso é decisivo para
atrair investimentos", lembra.
Para Bassoli, os dados não colocam dúvida sobre a condições
de retomada do crescimento.
Retomada que ocorrerá via consumo, fomentado pelo recuo
das taxas de juros e a ampliação
de prazos de financiamentos e
porque, após dois anos, os salários reais deixaram de cair. Alexandre Bassoli, economista-chefe do HSBC NÚMEROS 0,57% Foi a inflação registrada em setembro na região do ABC paulista, segundo o Imes. 10,21% Foi o aumento registrado pelo ouro no mercado disponível de Nova York neste ano. Próximo Texto: Comércio Mundial: EUA tiram da Alca as prioridades do Brasil Índice |
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