São Paulo, sábado, 03 de outubro de 2009

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Olimpíada anima e Bolsa se destaca com alta de 1%

Mercados caem no exterior; dólar recua para R$ 1,778

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa escapou do dia negativo que marcou o mercado internacional, abatido por dados econômicos fracos nos Estados Unidos. Enquanto as quedas predominaram no exterior, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o último pregão da semana com valorização de 1,18%. A eleição do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas trouxe ânimo novo ao mercado local. Setores como o de aviação estiveram entre os destaques do pregão, movidos pela expectativa dos retornos futuros que o evento deverá trazer.
O papel preferencial da TAM terminou com valorização de 3,52%. Para a ação da Gol, a alta no pregão foi de 3,03%.
Também atraíram compradores as ações de empresas ligadas à infraestrutura. Os papéis preferenciais da Gerdau subiram 3,24%, e os títulos da CCR Rodovias terminaram com elevação de 4,08%.
"O resultado da escolha do Rio como sede das Olimpíadas foi bem recebido na Bolsa, pois reforçou a sensação de que o Brasil é a bola da vez", diz Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos. "Em dia de queda no exterior, o mercado doméstico conseguiu retomar a rota de alta."
Na primeira hora de pregão, a Bovespa operou em terreno negativo e recuou mais de 1% na mínima do dia. Mas ganhou novo ânimo no início da tarde.
Já o mercado internacional repercutiu dados não muito animadores, como o resultado da pesquisa mensal do mercado de trabalho nos EUA, que veio um pouco pior do que o esperado pelos analistas. A taxa de desemprego no país subiu de 9,7% para 9,8% em setembro. O fechamento de 263 mil postos de trabalho ficou acima do que o mercado projetava.
Em Wall Street, os mercados esboçaram uma recuperação no fim da tarde, mas não tiveram forças suficientes para sair do vermelho. O índice Dow Jones marcou baixa de 0,83% na mínima, mas acabou por fechar com recuo de 0,23%. A Nasdaq, referência no setor de alta tecnologia, caiu 0,46%.
Outro dado ruim foi o das encomendas feitas à indústria norte-americana, que recuaram 0,8% em agosto. O mercado contava com retração em torno de 0,6%.
As quedas das Bolsas foram mais fortes na Europa. Em Londres, houve perda de 1,17%. Em Frankfurt, de 1,56%.

Ações
A Bovespa encerrou a semana com valorização acumulada de 1,35%. A movimentação no pregão de ontem foi bastante expressiva, com R$ 6,93 bilhões negociados -45% acima da média diária do ano.
O pregão de ontem da Bovespa teve outros destaques, como o desempenho das ações da petrolífera OGX. A empresa de Eike Batista, que não faz parte do Ibovespa -índice que reúne as 63 ações mais negociadas- fechou com valorização de 10,79%, embalada pela informação de que encontrou petróleo pela primeira vez.
Já o resultado da Petrobras foi bastante tímido ontem: seus papéis preferenciais subiram 0,32%, e os ordinários tiveram recuo de 0,42%.
A queda do barril de petróleo no mercado internacional dificultou os ganhos da Petrobras. Influenciado pelo anúncio de aumento da produção na Rússia, o petróleo terminou o dia em baixa de 1,23%, cotado a US$ 69,95 em Nova York.
O dólar, que havia esboçado reação na quinta-feira, terminou os negócios de ontem com desvalorização de 0,56%. A moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 1,778, em seus menores níveis em um ano. Na semana, o dólar acumulou baixa de 1,22%.


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