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Olimpíada anima e Bolsa se destaca com alta de 1%
Mercados caem no exterior;
dólar recua para R$ 1,778
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa escapou do dia negativo que marcou o mercado
internacional, abatido por dados econômicos fracos nos Estados Unidos. Enquanto as
quedas predominaram no exterior, a Bolsa de Valores de São
Paulo encerrou o último pregão
da semana com valorização de
1,18%. A eleição do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas
trouxe ânimo novo ao mercado
local. Setores como o de aviação estiveram entre os destaques do pregão, movidos pela
expectativa dos retornos futuros que o evento deverá trazer.
O papel preferencial da TAM
terminou com valorização de
3,52%. Para a ação da Gol, a alta
no pregão foi de 3,03%.
Também atraíram compradores as ações de empresas ligadas à infraestrutura. Os papéis preferenciais da Gerdau
subiram 3,24%, e os títulos da
CCR Rodovias terminaram
com elevação de 4,08%.
"O resultado da escolha do
Rio como sede das Olimpíadas
foi bem recebido na Bolsa, pois
reforçou a sensação de que o
Brasil é a bola da vez", diz Newton Rosa, economista-chefe da
Sul América Investimentos.
"Em dia de queda no exterior, o
mercado doméstico conseguiu
retomar a rota de alta."
Na primeira hora de pregão, a
Bovespa operou em terreno negativo e recuou mais de 1% na
mínima do dia. Mas ganhou novo ânimo no início da tarde.
Já o mercado internacional
repercutiu dados não muito
animadores, como o resultado
da pesquisa mensal do mercado de trabalho nos EUA, que
veio um pouco pior do que o esperado pelos analistas. A taxa
de desemprego no país subiu de
9,7% para 9,8% em setembro. O
fechamento de 263 mil postos
de trabalho ficou acima do que
o mercado projetava.
Em Wall Street, os mercados
esboçaram uma recuperação
no fim da tarde, mas não tiveram forças suficientes para sair
do vermelho. O índice Dow Jones marcou baixa de 0,83% na
mínima, mas acabou por fechar
com recuo de 0,23%. A Nasdaq,
referência no setor de alta tecnologia, caiu 0,46%.
Outro dado ruim foi o das encomendas feitas à indústria
norte-americana, que recuaram 0,8% em agosto. O mercado contava com retração em
torno de 0,6%.
As quedas das Bolsas foram
mais fortes na Europa. Em
Londres, houve perda de 1,17%.
Em Frankfurt, de 1,56%.
Ações
A Bovespa encerrou a semana com valorização acumulada
de 1,35%. A movimentação no
pregão de ontem foi bastante
expressiva, com R$ 6,93 bilhões negociados -45% acima
da média diária do ano.
O pregão de ontem da Bovespa teve outros destaques, como
o desempenho das ações da petrolífera OGX. A empresa de Eike Batista, que não faz parte do
Ibovespa -índice que reúne as
63 ações mais negociadas- fechou com valorização de
10,79%, embalada pela informação de que encontrou petróleo pela primeira vez.
Já o resultado da Petrobras
foi bastante tímido ontem: seus
papéis preferenciais subiram
0,32%, e os ordinários tiveram
recuo de 0,42%.
A queda do barril de petróleo
no mercado internacional dificultou os ganhos da Petrobras.
Influenciado pelo anúncio de
aumento da produção na Rússia, o petróleo terminou o dia
em baixa de 1,23%, cotado a
US$ 69,95 em Nova York.
O dólar, que havia esboçado
reação na quinta-feira, terminou os negócios de ontem com
desvalorização de 0,56%. A
moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 1,778,
em seus menores níveis em um
ano. Na semana, o dólar acumulou baixa de 1,22%.
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