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Dado de emprego nos EUA alivia tensão nos mercados
Criação de novos postos superou a expectativa e diminuiu temor de recessão
Possível encontro no fim de semana do Citi também animou investidores; Dow Jones subiu 0,2% e Nasdaq registrou alta de 0,56%
Mike Groll/Associated Press
![](../images/b0311200701.jpg) | Trabalhador em andaime nos EUA; 166 mil postos foram criados |
DA REDAÇÃO
Após um dia de perdas expressivas na quinta, os mercados nos EUA tiveram uma leve
recuperação ontem. Dados de
criação de empregos reduziram
o temor de recessão na principal economia mundial.
Números do governo americano mostraram que foram
criados no mês passado 166 mil
empregos -mais que o dobro
do esperado por analistas-, sugerindo que o mercado de trabalho possa auxiliar a economia no momento em que a crise
imobiliária piora cada vez mais.
Esses dados, afirmam analistas, tornam mais improvável
um novo corte nos juros pelo
Fed (Federal Reserve, o banco
central americano) ainda neste
ano. Na reunião desta semana,
a entidade reduziu em 0,25
ponto percentual a taxa de juros básica, para 4,5%.
Apesar dos dados positivos, o
índice Dow Jones, o principal
da Bolsa de Nova York, operou
a maior parte do dia em pequena baixa, com os grandes bancos continuando a ser o principal alvo das preocupações dos
investidores. No final do pregão, porém, a notícia de que o
Citigroup fará uma reunião de
emergência no fim de semana
animou o mercado, e o índice
terminou em alta de 0,2%.
A Nasdaq subiu 0,56%, e o
S&P 500, 1,23%. A Bovespa não
operou devido ao feriado de Finados -na quinta-feira, ela tinha caído 1,94%.
Segundo o "Wall Street Journal", a reunião do Citigroup,
um dos maiores bancos do
mundo, pode discutir até a saída do seu presidente, Charles
Prince. O ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos Robert Rubin teria sido convidado
para assumir o cargo interinamente, mas recusado. Especula-se também que o banco possa anunciar novos prejuízos
com o mercado de crédito imobiliário americano.
O banco já perdeu mais de
20% do seu valor de mercado
desde 12 de outubro, um dia antes de anunciar que teve uma
queda de 57% em seu lucro no
terceiro trimestre ante o mesmo período de 2006, devido a
perdas com títulos lastreados
em hipotecas "subprime" (de
alto risco) nos EUA. As ações do
Citi caíram 2,03% ontem.
As fortes quedas nas Bolsas
mundiais na quinta foram provocadas, principalmente, pelo
rebaixamento da nota do Citigroup por parte da consultoria
CIBC World Markets, do Credit Suisse. E o Morgan Stanley
rebaixou o Citi e outras grandes
instituições.
Os bancos continuaram ontem a ser alvo das preocupações dos investidores. As ações
do Merrill Lynch se desvalorizaram em 7,9% depois que reportagem do "Wall Street Journal" mostrou que a instituição
pode ter realizado manobras financeiras para esconder as
suas perdas com o mercado
"subprime". Bear Stearns,
Morgan Stanley e Goldman
Sachs também registraram
perdas expressivas.
Na Europa, a principal notícia do dia foi o rebaixamento,
pelo UBS, da nota do Fortis
-banco que adquiriu o ABN
Amro ao lado de Santander e
RBS. Segundo o UBS, o banco
belga foi menos transparente
sobre os problemas com "subprime" que outras instituições.
A Bolsa de Londres teve queda
de 0,84%, Frankfurt caiu
0,40%, e Paris, 0,18%.
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