São Paulo, quarta-feira, 03 de dezembro de 2008

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Com recuo da indústria, BC fica sob pressão

DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Alguns analistas vêem na forte queda apresentada pela produção industrial do país em outubro razão mais do que suficiente para o Banco Central diminuir a taxa de juros na semana que vem, na última reunião do Copom em 2008. Outros acham que é preciso mais indicadores de desaceleração para fundamentar um corte.
"Existem bons argumentos dos dois lados. O BC está em uma situação muito complicada, portanto", aponta Domingos Pandeló, professor do Ibmec São Paulo.
Para Luiz Carlos Bresser-Pereira, professor emérito da FGV (Fundação Getulio Vargas) e ministro da Fazenda no governo José Sarney, o governo brasileiro deve "agir com firmeza, realizando uma baixa muito forte nos juros, de pelo menos um ponto percentual. O país está entrando em recessão com a economia mundial."
A vantagem do Brasil, continua ele, é que a Selic está em um patamar bastante elevado, permitindo reduções mais agressivas. "Os países desenvolvidos têm mais margem, pois em alguns casos chegam a exibir até juros negativos."
Márcio Garcia, professor da PUC no Rio de Janeiro, é mais cauteloso. "Creio que a Selic será mantida no atual patamar de 13,75% ao ano. Não temos provas, até este momento, de que o nível de atividade está caindo demais, e não sairão novos dados nos próximos dias."


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