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Com recuo da indústria, BC fica sob pressão
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
Alguns analistas vêem
na forte queda apresentada pela produção industrial do país em outubro
razão mais do que suficiente para o Banco Central diminuir a taxa de juros na semana que vem, na
última reunião do Copom
em 2008. Outros acham
que é preciso mais indicadores de desaceleração para fundamentar um corte.
"Existem bons argumentos dos dois lados. O
BC está em uma situação
muito complicada, portanto", aponta Domingos
Pandeló, professor do
Ibmec São Paulo.
Para Luiz Carlos Bresser-Pereira, professor
emérito da FGV (Fundação Getulio Vargas) e ministro da Fazenda no governo José Sarney, o governo brasileiro deve "agir
com firmeza, realizando
uma baixa muito forte nos
juros, de pelo menos um
ponto percentual. O país
está entrando em recessão
com a economia mundial."
A vantagem do Brasil,
continua ele, é que a Selic
está em um patamar bastante elevado, permitindo
reduções mais agressivas.
"Os países desenvolvidos
têm mais margem, pois
em alguns casos chegam a
exibir até juros negativos."
Márcio Garcia, professor da PUC no Rio de Janeiro, é mais cauteloso.
"Creio que a Selic será
mantida no atual patamar
de 13,75% ao ano. Não temos provas, até este momento, de que o nível de
atividade está caindo demais, e não sairão novos
dados nos próximos dias."
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