São Paulo, quinta, 3 de dezembro de 1998

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Ajuda à Rússia é incerta, diz Fundo

das agências internacionais

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Michel Camdessus, deixou a Rússia ontem sem garantir ajuda financeira ao país.
Durante a visita de Camdessus à capital, Moscou, autoridades russas esperavam convencer o dirigente do organismo internacional a liberar o mais rápido possível cerca de US$ 8 bilhões.
Camdessus disse que o FMI só deve enviar uma nova remessa ao país no começo do próximo ano.
O FMI lidera um pacote de cerca de US$ 25 bilhões de ajuda à Rússia.
O socorro está congelado desde agosto, quando o país declarou moratória de sua dívida externa e desvalorizou sua moeda em 30%.
Camdessus havia sido convidado a visitar o país pelo primeiro-ministro russo, Evguêni Primakov, depois que uma missão do organismo deixara o país sem concordar com as propostas do governo para seu Orçamento do próximo ano.
O FMI vem criticando os planos do premiê Primakov, que quer imprimir rublos, a moeda local, para pagar dívidas e cobrir despesas do Orçamento. A medida é considerada inflacionária.
O governo deve submeter seu novo Orçamento à Duma, a câmara baixa do Parlamento, ainda neste mês.
A crise financeira está agravando os problemas sociais no país. Cerca de 42 milhões de russos, o que representa 28,6% da população do país, vivem hoje abaixo do nível de pobreza, de acordo com dados do governo. Ganham menos de US$ 35.



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