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Ajuda à Rússia é incerta, diz Fundo
das agências internacionais
O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Michel
Camdessus, deixou a Rússia ontem sem garantir ajuda financeira
ao país.
Durante a visita de Camdessus à
capital, Moscou, autoridades russas esperavam convencer o dirigente do organismo internacional
a liberar o mais rápido possível
cerca de US$ 8 bilhões.
Camdessus disse que o FMI só
deve enviar uma nova remessa ao
país no começo do próximo ano.
O FMI lidera um pacote de cerca
de US$ 25 bilhões de ajuda à Rússia.
O socorro está congelado desde
agosto, quando o país declarou
moratória de sua dívida externa e
desvalorizou sua moeda em 30%.
Camdessus havia sido convidado
a visitar o país pelo primeiro-ministro russo, Evguêni Primakov,
depois que uma missão do organismo deixara o país sem concordar com as propostas do governo
para seu Orçamento do próximo
ano.
O FMI vem criticando os planos
do premiê Primakov, que quer imprimir rublos, a moeda local, para
pagar dívidas e cobrir despesas do
Orçamento. A medida é considerada inflacionária.
O governo deve submeter seu
novo Orçamento à Duma, a câmara baixa do Parlamento, ainda neste mês.
A crise financeira está agravando
os problemas sociais no país. Cerca
de 42 milhões de russos, o que representa 28,6% da população do
país, vivem hoje abaixo do nível de
pobreza, de acordo com dados do
governo. Ganham menos de US$
35.
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