São Paulo, sábado, 04 de janeiro de 2003

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VIZINHO EM CRISE

Acordo com FMI sai neste mês, diz Duhalde

Arrecadação real na Argentina registra queda de 29% em 2002

DE BUENOS AIRES

O governo argentino arrecadou 50,5 bilhões de pesos em 2002, cifra 11% maior do que a de 2001. A alta, no entanto, foi apenas nominal. Descontada a inflação do período, a arrecadação foi 29% menor do que a do ano anterior.
A queda real da arrecadação era esperada. Apesar de o aumento dos últimos meses do ano ter sido encarado como um sinal de recuperação econômica, ele não foi suficiente para aumentar a arrecadação acima da inflação de cerca de 40% no período.
O aumento nominal é explicado justamente pela inflação. O chamado "imposto inflacionário" foi responsável por boa parte dele.
Outra parte é explicado pelas taxas sobre as exportações. Com a desvalorização do peso, os produtos argentinos ficaram mais competitivos no mercado externo.
Em dezembro no ano passado, a arrecadação subiu 71% em relação ao mesmo mês de 2001. A base de comparação, no entanto, é muito baixa. Em dezembro de 2001, ano em que estourou a crise argentina, os bancos ficaram fechados quase metade do mês, os recursos dos argentinos foram congelados, e a atividade econômica estava quase paralisada.

FMI
Ontem, o presidente Eduardo Duhalde disse que a Argentina deve assinar um acordo com o FMI ainda em janeiro.
Está prevista para quarta-feira a visita de uma nova missão do Fundo ao país. Os técnicos do FMI negociarão um acordo de transição, válido só até agosto, quando o novo governo já estará no poder. As eleições foram confirmadas ontem para 27 de abril.


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