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VIZINHO EM CRISE
Acordo com FMI sai neste mês, diz Duhalde
Arrecadação real na Argentina registra queda de 29% em 2002
DE BUENOS AIRES
O governo argentino arrecadou
50,5 bilhões de pesos em 2002, cifra 11% maior do que a de 2001. A
alta, no entanto, foi apenas nominal. Descontada a inflação do período, a arrecadação foi 29% menor do que a do ano anterior.
A queda real da arrecadação era
esperada. Apesar de o aumento
dos últimos meses do ano ter sido
encarado como um sinal de recuperação econômica, ele não foi
suficiente para aumentar a arrecadação acima da inflação de cerca de 40% no período.
O aumento nominal é explicado
justamente pela inflação. O chamado "imposto inflacionário" foi
responsável por boa parte dele.
Outra parte é explicado pelas taxas sobre as exportações. Com a
desvalorização do peso, os produtos argentinos ficaram mais competitivos no mercado externo.
Em dezembro no ano passado,
a arrecadação subiu 71% em relação ao mesmo mês de 2001. A base de comparação, no entanto, é
muito baixa. Em dezembro de
2001, ano em que estourou a crise
argentina, os bancos ficaram fechados quase metade do mês, os
recursos dos argentinos foram
congelados, e a atividade econômica estava quase paralisada.
FMI
Ontem, o presidente Eduardo
Duhalde disse que a Argentina
deve assinar um acordo com o
FMI ainda em janeiro.
Está prevista para quarta-feira a
visita de uma nova missão do
Fundo ao país. Os técnicos do
FMI negociarão um acordo de
transição, válido só até agosto,
quando o novo governo já estará
no poder. As eleições foram confirmadas ontem para 27 de abril.
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