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DÍVIDAS
Empresário é intimado a depor; rombo chega a R$ 1,6 bi
Bens de Ricardo Mansur vão ficar bloqueados pela Justiça
JULIO WIZIACK
da Reportagem Local
O empresário Ricardo Mansur,
ex-controlador das lojas Mappin
e Mesbla e do banco Crefisul, recebe, ainda esta semana, a notificação de arresto de seus bens pessoais. A medida foi adotada para
garantir o pagamento dos credores do Crefisul. Segundo o Banco
Central, o buraco nas contas do
banco de Mansur é de R$ 407,6
milhões.
O empresário também foi intimado a prestar depoimento no
próximo dia 24 sobre a falência
das lojas Mappin. É a segunda vez
que isso acontece. Morando em
Londres, Mansur deveria ter prestado esclarecimentos à Justiça em
dezembro do ano passado, mas
apresentou atestado médico alegando problemas de saúde.
A Justiça obriga os diretores do
Mappin, incluindo Mansur, a
apresentar os livros contábeis da
loja de departamento, sob pena
de prisão. Só assim poderão calcular exatamente o tamanho da
dívida, hoje estimada pelo mercado em R$ 1,2 bilhão.
Para evitar que as garantias de
pagamento dos credores de Mansur evaporem, o juiz Newton de
Oliveira Neves, da 36ª Vara Cível
deferiu liminar de arresto dos
bens do empresário.
Segundo o advogado de Mansur, Nelson Felmanas, trata-se
apenas de uma formalidade. "É
uma garantia de que os bens continuem indisponíveis e não sejam
vendidos", afirmou.
Felmanas ainda não foi notificado da ação, mas afirma que orientará seu cliente a se antecipar, enviando à Justiça um documento
em que vai se declarar citado. "Eu
direi a ele que é melhor nos apressarmos nesse processo."
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