São Paulo, quarta-feira, 04 de fevereiro de 2004

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BONS VENTOS

Aérea visa agronegócio

Gol espera alta de 10% na demanda no país

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

Após quase dobrar seu faturamento e aumentar sua participação de mercado de 11,8% para 19,2% no ano passado, a companhia aérea Gol espera um aumento de demanda de cerca de 10% no Brasil em 2004.
De acordo com o presidente da empresa, Constantino Júnior, além da perspectiva de crescimento da quantidade de passageiros em rotas tradicionais, a aérea olha com atenção cidades ligadas a agronegócios, como Ribeirão Preto (SP), Uberlândia (MG) e Londrina (PR), entre outras.
"São as rotas que mais têm capacidade de absorver vôos em aviões como os usados pela Gol, de 144 lugares ou mais", afirmou.
Se desejar atuar nessas rotas, no entanto, a empresa precisará da autorização do DAC (Departamento de Aviação Civil). Desde o ano passado, o Ministério da Defesa restringe a oferta de vôos no Brasil, já que a avaliação é de que o mercado está saturado. Na avaliação de especialistas, a medida prejudica principalmente a Gol.
Júnior, entretanto, evita fazer críticas ao controle de mercado. "A medida do governo foi cautelosa, no sentido de preservar a indústria, e nós não gastamos nosso tempo tentando mensurar qual poderia ter sido o nosso crescimento se não fossem essas medidas", avaliou o executivo.
Três anos após entrar no mercado brasileiro, a Gol estima ter fechado 2003 com um faturamento de R$ 1,4 bilhão, quase duas vezes mais do que 2002. Aumento em grande parte relacionado ao ganho de participação de mercado da empresa com promoções, como a que dava a passagem de volta por R$ 1 na compra do bilhete de ida e a "corujão" -vôos noturnos com preços reduzidos.
Apesar de defender a política promocional da Gol, o executivo avalia que a guerra tarifária no Brasil chegou a um ponto insustentável no período. "Tudo tem um limite. Todas as empresas tiveram que abrir mão de receita para competir, para buscar demanda. Conseguimos passar dessa guerra com equilíbrio", disse.
Segundo Júnior, a ocupação da Gol em janeiro ficou por volta de 79%, ante uma média de 63% do resto do mercado.


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