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Cotação real do petróleo bate recorde em NY
DA REDAÇÃO
O preço do barril de petróleo petróleo bateu ontem o
seu recorde na Bolsa de Nova
York em termos reais (com o
ajuste da inflação norte-americana no período), superando a marca de aproximadamente 28 anos.
Antes de fechar em US$
102,45 (aumento de 0,60%
em relação ao pregão de sexta), o produto chegou a US$
103,95, passando os US$
103,76 de abril de 1980 em
termos atualizados, segundo
o cálculo de alguns analistas
-que era considerado o seu
maior valor até então. Havia
cerca de 28 anos, pouco meses depois da Revolução Iraniana, o produto valia US$ 38
em preço da época.
A comparação, no entanto,
é complicada. A Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York)
só começou a negociar os
contratos futuros de petróleo em 1983. E o cálculo hoje
é feito com a média dos preços mensais de acordo com
as companhias petrolíferas
da época. Dependendo do índice de inflação utilizado, o
recorde estaria entre US$ 94
e US$ 104.
Com a desvalorização em
relação às principais moedas
(o euro passou na semana
passada a barreira do US$
1,50 e ontem esteve cotado
em US$ 1,52), os investidores
estão aproveitando que podem comprar mais barato o
barril, ao mesmo tempo em
que tentam se proteger da inflação nos EUA.
Em Londres, a cotação do
barril passou pela primeira
vez a marca dos US$ 102. Ontem, o produto se valorizou
em 2,19%, terminando o dia
cotado a US$ 102,29.
O aumento das tensões nas
relações entre Colômbia, Venezuela e Equador foi um
dos motivos para a alta de
preços ontem.
A Opep (Organização dos
Países Exportadores de Petróleo), cartel responsável
por cerca de 40% da produção mundial, reúne-se amanhã em Viena (Áustria) e alguns dos seus integrantes já
disseram que ela não deve
aumentar a produção.
Segundo o presidente da
entidade, o argelino Chakib
Khelil, o encontro de amanhã discutirá duas possibilidades: manutenção ou corte
da produção. Nesse caso, a
tendência é que os preços subam ainda mais.
"Eu não acredito que a
Opep irá considerar uma elevação da produção porque
seria um aumento para atender uma demanda que não
existe", disse Khelil.
Com agências internacionais
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