São Paulo, terça-feira, 04 de março de 2008

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Cotação real do petróleo bate recorde em NY

DA REDAÇÃO

O preço do barril de petróleo petróleo bateu ontem o seu recorde na Bolsa de Nova York em termos reais (com o ajuste da inflação norte-americana no período), superando a marca de aproximadamente 28 anos.
Antes de fechar em US$ 102,45 (aumento de 0,60% em relação ao pregão de sexta), o produto chegou a US$ 103,95, passando os US$ 103,76 de abril de 1980 em termos atualizados, segundo o cálculo de alguns analistas -que era considerado o seu maior valor até então. Havia cerca de 28 anos, pouco meses depois da Revolução Iraniana, o produto valia US$ 38 em preço da época.
A comparação, no entanto, é complicada. A Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York) só começou a negociar os contratos futuros de petróleo em 1983. E o cálculo hoje é feito com a média dos preços mensais de acordo com as companhias petrolíferas da época. Dependendo do índice de inflação utilizado, o recorde estaria entre US$ 94 e US$ 104.
Com a desvalorização em relação às principais moedas (o euro passou na semana passada a barreira do US$ 1,50 e ontem esteve cotado em US$ 1,52), os investidores estão aproveitando que podem comprar mais barato o barril, ao mesmo tempo em que tentam se proteger da inflação nos EUA.
Em Londres, a cotação do barril passou pela primeira vez a marca dos US$ 102. Ontem, o produto se valorizou em 2,19%, terminando o dia cotado a US$ 102,29.
O aumento das tensões nas relações entre Colômbia, Venezuela e Equador foi um dos motivos para a alta de preços ontem.
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), cartel responsável por cerca de 40% da produção mundial, reúne-se amanhã em Viena (Áustria) e alguns dos seus integrantes já disseram que ela não deve aumentar a produção.
Segundo o presidente da entidade, o argelino Chakib Khelil, o encontro de amanhã discutirá duas possibilidades: manutenção ou corte da produção. Nesse caso, a tendência é que os preços subam ainda mais.
"Eu não acredito que a Opep irá considerar uma elevação da produção porque seria um aumento para atender uma demanda que não existe", disse Khelil.


Com agências internacionais


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