São Paulo, sexta, 4 de abril de 1997.

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BAMERINDUS
HSBC recusa abrir exceções
Bancários-acionistas podem ir à Justiça

DEISE LEOBET
free-lance para a Agência Folha,
em Curitiba


Diretores do Sindicato dos Bancários reúnem-se hoje, em Curitiba, para discutir a possibilidade de os funcionários do HSBC Bamerindus que compraram ações do banco entrarem na Justiça para conseguir um tratamento diferenciado em relação a outros acionistas.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Pedro Eugênio Beneduzzi Leite, um número ``expressivo'' de funcionários recebeu incentivos a partir de 1990 para adquirir ações.
``Já fomos informados pela nova diretoria de que os funcionários não terão tratamento diferenciado'', disse Leite.
Na quarta-feira à tarde, ele participou de uma reunião com o diretor de Recursos Humanos do HSBC Bamerindus, Maurice Mourton, na qual também estavam presentes representantes de outras entidades de bancários.
Dados do Sindicato dos Bancários apontam que o Bamerindus possuía 66 mil acionistas minoritários e que uma boa parte das ações está com funcionários.
De acordo com Leite, Mourton afirmou durante a reunião que não estão previstas demissões nos setores de baixo escalão do banco. ``Mas a situação ainda é muito tensa no setor administrativo, onde estão sendo feitos os ajustes'', disse o presidente do sindicato.
A assessoria do HSBC Bamerindus informou desconhecer a contratação do ``headhunter'' (caça-talentos) Bernet Entschev, de Curitiba. O próprio Entschev negou ter sido procurado.

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